Os problemas de caixa do governo do Paraná



Nos últimos dias uma série de notícias contra o governador Beto Richa foram divulgadas pela grande imprensa financiada pelo governo petista (se cortarem anúncios do Banco do Brasil, Caixa Econômica, Petrobras entre outros, grande parte dos grandes meios de comunicação fecham as portas), como se não fosse de praxe o atraso de contas do governo estadual e prefeituras em final de ano, para pagamento do 13º salário do funcionalismo. Isso é algo que se repete ao longo das últimas décadas, em função da sanha arrecadadora do governo federal que retira dos estados a capacidade de endividamento e pagamento. No caso do Paraná, além do governo federal destinar poucos recursos, não retribui aquilo que o estado arrecada. O Paraná é o sexto estado que mais arrecada e o 26º no recebimento de recursos federais.
A quebra do Banestado no governo Lerner custou aos paranaenses 16 bilhões de reais, que estão sendo pagos até hoje, e pelos próximos 15 anos. Os políticos ladrões embolsaram o dinheiro e os paranaenses estão pagando a conta. É dinheiro que faz falta nos cofres públicos.
A dívida dos estados com a União compromete 15% da capacidade de endividamento do estado e se refletem também na Lei de Responsabilidade Fiscal. O Paraná devia R$ 5 bilhões. Já pagou R$ 10 bilhões e continua devendo outros R$ 9 bilhões. Os estados brasileiros deviam, em 2010, R$ 430 bilhões de uma dívida original que, em 1998, era de R$ 94 bilhões. Os estados já pagaram R$ 170 bilhões dessa dívida, quase 100% do valor original, mas ainda devemos R$ 430 bilhões. Isso significa que os estados têm comprometido de 11% a 15% de sua renda, com a agravante de que cada contrato é diferente. Em outras palavras, a União é um grande agiota que suga as riquezas dos estados e impede os investimentos em saúde, educação, habitação e segurança pública, entre outros.
As dificuldades de caixa do governo estadual são momentâneas e serão sanadas em breve, falou o governador Beto Richa, mas o que ele não disse é que este clima de caça às bruxas em alguns meios de comunicação é uma amostra do que vem pela frente em termos de campanha eleitoral no próximo ano.

Fernando Marques