DELATOR ACUSA AGRIPINO DE LEVAR PROPINA MILIONÁRIA


Em delação, empresário George Olímpio denunciou suposto esquema que atuava em serviços de cartório ao Detran do Rio Grande do Norte, que envolvia a ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal Wilma de Faria (PSB), o atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado Ezequiel Ferreira (PMDB), além do senador Agripino Maia (DEM); "Ficou definido que para o governo ia R$ 15 por contrato. A média de contratos por mês girava em torno de 5 mil", disse ele em reportagem do "Fantástico", da TV Globo; em outro trecho, ele afirma que o senador pediu mais de R$ 1 milhão no ano de 2010; parlamentar nega

247 - Um empresário do Rio Grande do Norte acursou políticos de Estado de receberem propina em troca da aprovação de leis. Segundo o programa "Fantástico", da TV Globo, a denúncia foi feita em delação premiada de George Olímpio ao Ministério Público.

De acordo com ele, o esquema envolvia a ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal Wilma de Faria (PSB) e o atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado Ezequiel Ferreira (PMDB), além do senador Agripino Maia (DEM).

Olímpio contou que, entre 2008 e 2011, montou um instituto para prestar serviços de cartório ao Detran do estado que cobrava uma taxa de cada contrato de carro financiado no Estado.

"Ficou definido que para o governo ia R$ 15 por contrato. A média de contratos por mês girava em torno de 5 mil", afirmou.
Na delação, o empresário conta que o esquema da propina foi negociado na residência oficial da então governadora do estado, Wilma de Faria, do PSB

Em um dos trechos da delação, empresário também diz que o senador Agripino Maia pediu a ele mais de R$ 1 milhão no ano de 2010.

Ao "Fantástico", Agripino Maia negou a acusação: "É uma infâmia, uma falta de verdade. Está completamente falso e faltando com a verdade", afirmou (saiba mais).

Diante do ressurgimento do seu nome na operação Sinal Fechado, o senador José Agripino também apresentou documento onde o então Procurador-Geral Roberto Gurgel mandou arquivar, por falta de provas, o processo de investigação contra ele. Depois do depoimento de Olímpio, o atual Procurador Rodrigo Janot desarquivou, há cerca de cinco meses, a investigação contra o senador.