FRENTE PARLAMENTAR DENUNCIA SITUAÇÃO VERGONHOSA DOS PEDÁGIOS NO PARANÁ

A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffmann (PR), reforçou a importância da audiência da Frente Parlamentar do Pedágio do Paraná, coordenado pelo deputado estadual, Arilson Chiorato (PT), com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Walton Rodrigues, nesta terça-feira (31). Chiorato adiantou que uma nova rodada de conversa com o TCU foi agendada para a próxima semana. ----- “A situação do pedágio no Paraná é vergonhosa. Na realidade a suspensão do pedágio agora ocorreu exatamente por falha no processo”, argumentou Gleisi Hoffmann, ao se referir ao cancelamento de praças de pedágios no estado do Paraná que ocorre desde novembro de 2021. Gleisi avalia que esse quadro atual, com o término das concessões de rodovias que duraram 24 anos – com as tarifas mais caras do País, não permanecerá como está. Segundo ela, o governador do Estado, Ratinho Júnior, e o governo federal “voltarão à carga, eles querem um pedágio caro, querem aumentar as praças de pedágio”. “Nós não podemos admitir isso. Temos que aproveitar esse espaço de tempo que conquistamos com a luta da frente contra o pedágio no Paraná para resistir e não deixar que volte o pedágio caro, que seja a extorsão do povo paranaense”, enfatizou a presidenta do PT, que também foi autora em 2012 – quando era senadora – da iniciativa que levou o TCU a determinar ao Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) a revisão dos contratos de pedágio das segmentos rodoviários estaduais que foram adicionados a trechos federais no Paraná no final da década de 1990. ----- TÓPICOS DO DEBATE------ A nova modelagem do pedágio, ausência de projetos técnicos, falha dos cálculos na composição das tarifas e o descaso com 87 municípios paranaenses que serão impactados pelo projeto da nova concessão de rodovias foram os temas abordados por Chiorato durante a audiência. “Entregamos toda a documentação produzida pelo Instituto de Tecnologia de Transportes e Inovação (ITTI) ao ministro. Conversamos longamente sobre o processo e a dificuldade de análise dos documentos porque a ANTT não fornece detalhes, planilhas e projetos básicos. Mostramos a preocupação com o passivo das obras inacabadas, com o legado ruim que o pedágio deixou no Paraná, e as dificuldades em formatar uma nova licitação, porque da forma que está sendo feito não está transparente”, informou Arilson Chiorato. Ele classificou de positivo o encontro com o TCU que terá continuidade na próxima semana. “Considero positiva a recepção e a interação que tivemos, e espero que a gente possa contribuir. Pedágio caro nunca mais! Essa é uma luta de todos os paranaenses!”, afirmou Chiorato.