INDÍCIOS DE UMA GUERRA NUCLEAR

Por Dani Spirin ------ A Federação Russa descobriu que pode sustentar uma ‘guerra’ convencional contra a OTAN durante a operação militar especial na Ucrânia. Com cerca de 150 mil homens e uma infinidade de artilharia, aos poucos as Forças Armadas da Rússia vão ganhando o terreno que estabeleceu para sua área de segurança e está passando por cima de mais de 600 mil combatentes ukronazis, não importando a quantidade de armas e equipamentos fornecidos pelo Ocidente para Kiev. Se todos do Ocidente mantiverem o bom senso, até meados de agosto poderemos ter uma ideia do final do conflito mediante algum acordo diplomático que contemple as reivindicações da Rússia no que tange às suas garantias de segurança, desmilitarização da Ucrânia e desnazificação dos territórios já conquistados. Neste sentido, os EUA e alguns países da Europa passaram a sugerir ao presidente Zelensky que uma hora ou outra ele terá que ceder. Se todos do Ocidente mantiverem o bom senso, porém. Por outro lado, alguns indícios de problemas cognitivos podem ser observados na Polônia, Lituânia e países bálticos que, numa tentativa equivocada de pressionarem Moscou, podem forçar a Rússia a empreender uma guerra convencional contra os países da OTAN. Neste caso, o caso de uma guerra mundial, não está claro como os ocidentais poderiam impedir um avanço russo sobre a Polônia, por exemplo. Exemplificando a situação, a Lituânia está tentando criar uma espécie de bloqueio terrestre de Kaliningrado. Kaliningrado é um enclave russo entre a mesma Lituânia e a Polônia e não tem ligação direta com a Rússia. A região foi conquistada pela URSS em 1945, quando o Exército Vermelho venceu a Alemanha nazista. Um bloqueio de Kaliningrado vai significar medidas mais duras da Rússia com relação aos seus vizinhos. Neste quesito, medidas mais duras quer dizer o mesmo que avanço militar, bombardeios e ruptura das linhas defensivas polonesas e lituanas. Sair de uma operação militar especial para uma guerra convencional não custa muito para a Federação Russa e a intransigência de alguns países periféricos pode elevar as hostilidades para patamares de fato muito altos. Este é o mal da OTAN, que fez com que alguns países acreditassem na infabilidade da Organização quando, na verdade, ela é falha e de pouca utilidade contra um adversário de peso decisivo, como é o caso da Rússia. Por conta dessa desinteligência ocidental, infelizmente já é possível observar em alguns canais russos a naturalização de uma guerra nuclear controlada na Europa caso ocorra algum disparate de um governante romeno, polonês, lituano, estoniano ou letão. Bem, até neste quesito a Federação Russa leva vantagem por causa de seu imenso arsenal nuclear espalhado por todo o seu território. Alguém deve parar os loucos do Ocidente.