Blog do Esmael Morais --- A APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná) aprovou em assembleia da categoria, neste sábado (20/08), Moção de Apoio às candidaturas de Requião e Lula no pleito de 2022. A decisão ocorreu na 8ª Conferência Estadual da Educação e chancelada por 97% dos delegados presentes.
Os educadores analisaram o cenário dos últimos quatro anos e responsabilizaram os governos cessantes de Bolsonaro e Ratinho Jr por uma política sistemática de perdas de direitos, o desastre sanitário no combate à Covid-19, o desmonte de políticas públicas e ataques à ciência e à educação.
Embora tenha aprovado Moção a favor de Lula e Requião, a APP-Sindicato informou que “institucionalmente” não pode tomar posição no processo eleitoral.
– Nos últimos oito anos, todas as vezes que a APP convocou a categoria para a luta, foi para resistir. Foi para não perder direitos. Essa não é a vida que nós queremos. Nós queremos avançar em direitos, ter uma carreira digna e tranquilidade para trabalhar e educar -disse a presidente da APP, Walkiria Mazeto, ao comentar o posicionamento da categoria.
– Brigar nós vamos brigar com qualquer governo, porque o orçamento público está sempre em disputa. Mas há governos e governos. E o atual, de Ratinho Jr., destruiu a nossa carreira – complementa a presidente da APP-Sindicato.
No plano educacional, a moção da APP destaca o alinhamento dos ideais liberais e conservadores, representado por “um projeto sofisticado e autoritário de escola-empresa (…), entricheirando as escolas e atacando a autonomia e a gestão democrática”. O cenário, detalha o texto, resulta na desvalorização e em um quadro de permanente mal-estar e adoecimento generalizado dos educadores.
– Nesse sentido, dois candidatos, Lula e Requião, reúnem as condições de romper com a lógica imposta por estes governos e com possibilidades eleitorais factíveis de serem eleitos. Os governos de ambos, em tempos anteriores, ainda com todas as críticas e resistências feitas à época, são demonstrativos inequívocos de políticas educacionais dialógicas e progressistas. É preciso elegê-los, bem como, eleger deputados e senadoras comprometidos com a democracia e a Educação Pública – destaca o texto aprovado por 97% da assembleia geral da APP-Sindicato.
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Vai sobrar para o senador Alvaro Dias, no 30 de agosto---
Além da moção, a categoria da educação deliberou por um calendário de mobilizações até outubro, incluindo paralisação e ato estadual no dia 30 de Agosto, data que marca 34 anos do massacre protagonizado por Álvaro Dias em 1988.
À memória, marcada anualmente por greves da categoria, somam-se as pautas do presente, como o pagamento da Data-Base; dívida equivalente a quase 40% de recomposição salarial devido às perdas inflacionárias.
A greve também ergue as bandeiras do fim do confisco previdenciário dos aposentados, a implementação das promoções e progressões e a revogação da falta do dia 21 de junho.
Ainda no tema do período eleitoral, a categoria aprovou a entrega de uma carta-compromisso aos candidatos deste ano, reunindo propostas dos trabalhadores para a educação pública.
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Sobre a APP-Sindicato---
Fundado há 75 anos, a APP tem 29 Núcleos Sindicais no Paraná.
Com mais de 100 mil educadores na base, o Sindicato é um dos maiores e mais respeitados do País.
A categoria dos educadores é difusamente distribuída nas 2,1 mil escolas da educação básica nos 399 municípios do Paraná.