100 ANOS DE GAMAL ABDEL NASSER, O PAI DO SOCIALISMO ÁRABE!

Nasceu em Alexandria, no dia 15 de janeiro de 1918. Foi um militar e principal líder político árabe de sua época, conhecido como o impulsor do socialismo naquela região. Ocupou o cargo de presidente do Egito desde 1956 até sua morte em 1970. Filho de um carteiro, desde jovem cursava o ensino secundário do Cairo. Aos 17 anos foi preso acusado de conspiração, por ter participado em manifestações anti-britânicas e contra a monarquia. Em 1938 entra na Academia Militar, rapidamente subiu de patente devido a suas notórias condições apresentadas nos treinamentos militares. Em 1948, já como comandante, participou no conflito contra o regime israelense, até então na época recentemente fundado sobre o povo palestino, para impedir a sua permanência na região, mas não conseguiu cumprir com o seu objetivo. No ano seguinte, cria junto com um grupo de jovens: a Organização Oficiais Livres, inspirados por um firme nacionalismo árabe, com o propósito de combater o rei egípcio Faruk I, de caráter totalmente autoritário e que mantinha o seu povo na pobreza extrema, além de ter amplos laços com o governo britânico. Finalmente em 1952 sob comando de Nasser a resistência consegue derrubar o rei e proclamar a República, onde Muhammad Naguib, membro dos Oficiais Livres, seria o presidente, enquanto que Nasser assumiria a chefia do Conselho da Revolução e o comando geral das Forças Armadas. Em 1954, Nasser ordena destituir a Naguib, já que o mesmo tinha objetivos contrários do que possuía o líder socialista. En 1956, Gamal Abdel Nasser convoca um referendo para que a população manifestasse seu apoio ou rejeição para que o Egito se tornasse em uma república socialista árabe e também sobre seu cargo de presidente. Ambas consultas tiveram um forte apoio popular. Nasser defendeu por conquistar a união entre os povos árabes para lutar pela sua principal causa, defender a Palestina de ameças imperialistas. Além disso, Nasser propôs devolver ao Egito a independência política e econômica, e conseguiu expulsar as tropas britânicas de seu território. O líder árabe, buscava o desenvolvimento industrial de seu país, e teve um ambicioso projeto: construir a grande represa de Assuan, no rio Nilo, com o fim de produzir a eletricidade necessária e junto disso a melhorar consideravelmente a agricultura do Egito. A falta de apoio das potências ocidentais para financiar a construção da represa, teve uma resposta inesperada para muitos. Nasser deu um discurso no qual comunicava a nacionalização do Canal de Suez (permitindo encurtar a rota do comércio marítimo entre a Europa e o sul da Ásia, evitando ter que dar uma longa volta pelo continente africano) e seguir com o projeto de Assuan, apesar de não ter nenhum fundo solicitado ao exterior. Essa pressão ao ocidente provocou que as massas árabes aumentasse seu apoio ao líder socialista. Até os finais de 1956, devido a postura tomada por Nasser sobre o Canal, que prejudicava os interesses do Reino Unido e da França principalmente, teve como consequência que ambos realizassem um ataque surpresa sobre o Egito em conjunto com seu grande aliado, Israel. A indignação internacional pelos ataques e a pressão da União Soviética fizeram que tempos depois em 1957, todas as tropas estrangeiras se retirassem das regiões ocupadas no Egito, e por sua parte, a ONU, reconheceu a soberania egípcia sobre o Canal de Suez. Desde então, começaria uma grande cooperação entre o Egito e a URSS. Pouco tempo depois, trinfava a Revolução Cubana, no qual ambos países teriam suas relações mais aproximadads, gerando uma admiração mútua entre o grande líder socialista Ernesto Che Guevara e Gamal Abdel Nasser. Em fevereiro de 1958, com iniciativa do Partido Baath da Síria, grande aliado do Nasserismo, fizeram com que fosse realizada a unificação dos dois Estados que ficou conhecida como República Árabe Unida, sob a presidência de Nasser, ainda que a mesma se dissolveu em setembro de 1961. Já que na década de 60, Gamal Abdel Nasser começaria a nacionalização dos bancos e várias empresas industriais, que eram francesas e britânicas. Além do mais, foi ele quem estabeleceu a educação gratuita no Egito, e impulsionou a reforma agrária, que concedia três hectares por pessoa para quem trabalhava no campo. No ano de 1965 outra vez Nasser ganhava a confiança do povo nas urnas e continuava como o presidente de seu país. Em 1967, outra ofensiva israelense arrasou com as forças egípcias, no qual não tinham poder para bater de frente contra um exército moderno e graças a um forte financiamento e apoio das potências ocidentais. Logo após a derrota na guerra que duraria 6 dias, Nasser manifestou que deixaria seu cargo do poder, mas logo mudou de ideia após grande clamação popular que saiu em massa nas ruas para deixar claro seu imenso apoio ao líder egípcio. No dia 28 de setembro de 1970 após um ataque cardíaco, o pai do povo egípcio e também do povo árabe falece. Milhões de egípcios renderam homenagens ao líder, gerando grande comoção no país e um luto que foi mantido em muitos países do Oriente Médio, principalmente na África e o mundo árabe anti-imperialista em geral. Inclusive com relação total ao caso atual do Iêmen, o Egito de Nasser interviu a favor do povo e ajudou os iemenitas na revolução contra a déspota e opressora monarquia no Iêmen até então apoiada pelos sauditas, britânicos, estadunidenses e mais gente da alta cúpula ocidental. Ironicamente hoje a tirania saudita novamente ataca o Iêmen, visando roubar as poucas riquezas que esse país ainda tem, a mesma ditadura com aval do ocidente que tentou acabar com a Síria, vou até citar duas falas fantásticas de Nasser que me marcou muito. Ele disse em seu discurso no período da revolução: “Tivemos baixas, e vou revelar o número exato. Desde o primeiro dia, até ontem, nossas baixas foram de 136 oficiais e soldados, 21 oficiais e 115 soldados. Cada uma de suas botas de combate tem mais dignidade que a coroa do Rei Saud (Arábia Saudita) e o rei Hussein (da Jordânia).” “Bom, já falamos dos sauditas e conhecemos sua história do começo ao fim. E.... já sabem... É um pecado mutilar o morto.” Grande Nasser, 100 anos do impulsor do pan-arabismo e do socialismo árabe, grande camarada dos povos oprimidos, acabando com falácia que todo árabe tinha que ser escravo e aceitar ser submisso pelos outros. E claro, por toda sua postura política com todo mérito Nasser foi condecorado honradamente como Herói da União Soviética! VIVA O LEGADO CENTENÁRIO DE GAMAL ABDEL NASSER! TAHYA NASSER!!! -------------------------------------------- NR - Grandes líderes do mundo árabe - ou os maiores - como Gamal Abdel Nasser, Muamar Kadafi e Saddam Hussein, foram todos assassinados pelo imperialismo sionista para impedir o progresso e o desenvolvimento dos países árabes.