Heleno e Etchegoyen participaram de grupo golpista no WhatsApp extinto em 8/1, diz coronel

Grupo foi criado em 2016, durante golpe contra Dilma. Heleno, que tem 75 anos, afirmou não se lembrar e atacou o coronel Francisco Dellamora. "Está muito velho". ---- Por Plinio Teodoro ---- Revista Forum --- Aviador reformado, o coronel Francisco Dellamora revelou a Juliana Dal Piva, no portal Uol, que o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Jair Bolsonaro (PL), e seu antecessor no cargo, general Sérgio Etchegoyen, alçado ao posto por Michel Temer (MDB), estavam em grupo golpista de WhatsApp que reunia militares da ativa e da reserva. Segundo Dellamora, o grupo chamado "Notícias do Brasil" foi extinto no dia 8 de janeiro, quando apoiadores de Bolsonaro promoveram atos terroristas e depredaram as sedes dos três poderes em Brasília. O coronel disse que Heleno lia as mensagens, mas não se manifestava no grupo. "Nós não consideramos legal [a eleição]. Consideramos o STF [Supremo Tribunal Federal] na ilegalidade. O TSE [Superior Tribunal federal] na ilegalidade. E todos os dias eles praticam mais um ato de ilegalidade. Invadiram os escritórios do senador Marcos Do Val", disse o coronel ao Uol. Dellamora também atacou Lula - "bandido, condenado, sem dúvida nenhuma" - e disse não entender "como se pode tirar um cara da cadeia para ser presidente da República", antes de comparar o momento atual com o golpe de 64, quando os militares instalaram uma Ditadura no Brasil.