Bebê palestino assassinado por Israel com o apoio dos EUA -----------
Israel é o único projeto nazista da história para o qual se passa pano, diz Ualid Rabah ao GGN
Presidente da FEPAL denuncia a barbárie histórica contra o povo palestino e a inércia das instituições;
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Jornal GGN -
Ana Gabriela Sales -
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Israel é o único projeto nazista da história para o qual se passa pano, diz Ualid Rabah ao GGN ----
Presidente da FEPAL denuncia a barbárie histórica contra o povo palestino e a inércia das instituições; assista aqui
O Norte da Faixa de Gaza está sendo reduzida a escombros antes de possível entrada por terra das tropas israelenses.
Em um dos pontos altos da entrevista, Ualid chamou atenção para a limpeza étnica praticada na Faixa de Gaza por Israel, ressaltando que a situação dos palestinos na região é semelhante ao de um campo de concentração, mas com o agravante de ser atualmente uma espécie de laboratório de guerra para testar armamentos e métodos de extermínio em massa.
“Este campo de extermínio em Gaza, diferentemente de qualquer outro que já tenha existido na face da terra em todos os tempos, também é um campo de testes para sistemas, armamentos e munições de uma indústria bélica que depois os vende“, denunciou Ualid.
Segundo ele, oBrasil ainda estaria envolvido na trama. “O parlamento brasileiro fez o desfavor de aprovar há poucos dias três acordos de cooperação com Israel, assinados pelo governo anterior [Bolsonaro], que transformam o Brasil num grande Kibutz, num grande experimento de ódio e de intolerância, todos eles com a bandeira de Israel”, disse.
“Espero que o presidente Lula não ratifique esses acordos, que significam que o Brasil vai participar diretamente de uma máquina de guerra que experimenta nos corpos e no morticínio dos palestinos estes equipamentos, sistemas, armas e munições“, pontuou o presidente da FEPAL.
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É genocídio ----
Ao ser questionado sobre a proganda de guerra por Israel contra os extremistas do Hamas, Ualid comentou que a morte – seja de civis ou militares – não deve ter nenhum tipo de apoio, mas destacou que o que ocorre na Palestina há décadas é crime de genocídio conforme estabelecido pela Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, adotada por unanimidade pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em 1948.
“A convenção de genocídio descreve exatamente a situação na Palestina há 76 anos. Sendo que essa convenção de genocídio é de 9 de Dezembro de 1948, de dois dias antes da [Resolução da ONU] 194, do retorno dos refugiados. E ao reconhecer a limpeza étnica na 194 – e a limpeza étnica é crime de genocídio – houve genocídio já naquele momento“, explicou Ualid.
“Mas o grande problema, na minha modesta opinião, é que Israel é o único projeto nazista da história para o qual se ‘passa pano’. É um regime fascista. E o sionismo é um regime que propôs – antes do nazismo (…) – a limpeza étnica do povo palestino, a substituição daquela demografia por uma estrangeira, levada a emigrar para lá com o apoio da potência britânica então“, declarou.
“Se estivéssemos hoje a Alemanha nazista fazendo o que fez, e isso sendo televisionado por esses grandes veículos de comunicação, teríamos possivelmente a ONU paralisada, os governos paralisados, e as massas na rua, porque estariam vendo as câmaras de gás“, pontuou Ualid.
"Este processo histórico precisa ser adequadamente compreendido e melhor debatido no campo democrático e popular brasileiro, na academia brasileira, nos veículos de comunicação brasileiros e fundamentalmente genocídio não é uma questão de esquerda e direita. Genocídio é genocídio“, acrescentou.
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Quase 9 mil palestinos assassinados; mais da metade, crianças ----------
“São 26 dias de genocídio e deve parar de funcionar nas próximas 48 horas o maior hospital de atendimento de câncer de Gaza, onde pessoas estão entre a vida e a morte por falta de medicamentos e insumos gerais para o câncer“, apontou Ualid.
"Neste momento temos 8.850 mil mortos e 24.000 mil feridos entre palestinos. Desses feridos, a maior parte com gravidade ou mutila, e dentre os 8.850 mortos, 3.648 são crianças mortas e 1.150 mil estão desaparecidas entre os escombros, e nem Deus vai fazê-las saírem com vida“, disse o especialista.
“Nós estamos falando de 5.000 mortes de crianças. Desde 2019, segundo uma importante ONG que trata das questões da infância no mundo, em todo o mundo e em todas as guerras nestes anos, não morreu tanta criança quando morreu em 26 dias em Gaza (…) Uma criança palestina morre a cada 10 minutos. Hoje estamos com 170 crianças palestinas mortas para cada uma israelense, e os grandes veículos de comunicação ficam falando em dois lados. Esses dois ‘ladismos’ nem Hitler o faria“, completou.
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A ironia de se transformar no que mais odiou!