Em protestos na Espanha por um cessar-fogo em Gaza, Ione Belarra afirmou taxativamente que o que está ocorrendo no Oriente Médio é um "genocídio planejado" contra os palestinos
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247 - A ministra dos Direitos Sociais da Espanha, Ione Belarra, foi às ruas de seu país neste sábado (18) para protestar contra o massacre promovido por Israel contra a população da Palestina na Faixa de Gaza. Em um forte discurso filmado durante as manifestações e divulgado via redes sociais, Belarra pede a prisão do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) e exige que a primeria medida do novo governo Pedro Sánchez seja o rompimento das relações diplomáticas com Israel.
No início de sua fala, a ministra afirmou taxativamente que o que está ocorrendo em Gaza se trata de um genocídio planejado contra os palestinos: "Estamos mais uma vez indo às ruas para nos manifestar em solidariedade às milhares de pessoas que têm protestado em nosso país, demandando um cessar-fogo. Hoje, quero trabalhar três medidas muito simples, mas extremamente urgentes que precisamos promover imediatamente no governo da Espanha. A primeira é pressionar o Estado de Israel para implementar um cessar-fogo e parar com o extermínio do povo palestino. Porque o que estamos vendo é um genocídio planejado contra o povo palestino".
Ela, então, listou suas demandas ao governo espanhol: "em segundo lugar, acredito que o primeiro passo que o novo governo deve tomar é romper relações diplomáticas com Israel e se juntar à coalizão de países liderados pela África do Sul que, nesta semana, levaram Netanyahu ao Tribunal Penal Internacional. Em terceiro lugar, também é muito urgente ao TPI que determine a prisão imediata de Netanyahu. É preciso parar essa barbaridade. Na Europa, conhecemos isso muito bem. Há um século, o fascismo imperou na Europa e quando a barbárie vem à tona, ela te leva junto com ela".
"Nós estamos arriscando nosso projeto europeu, a coerência, a capacidade de falar sobre direitos humanos. Estamos arriscando quem somos enquanto europeus e europeias. Eu gostaria que levantássemos a reflexão sobre o que pensaríamos se os bebês prematuros que foram desconectados de suas incubadoras fossem espanhóis. O que pensaríamos se os hospitais bombardeados fossem o Gregorio Marañón ou o Sant Pau? É isso que temos que nos perguntar hoje. E peço a todas as pessoas decentes desse país, que são muitas, para que saiam às ruas para parar essa barbaridade", concluiu Belarra.