Deputada Carla Zambelli teria tentado soltar Sandro Louco, líder do Comando Vermelho condenado a 200 anos de prisão

O hacker Walter Delgatti e a deputada Carla Zambelli. Créditos: Reprodução/Redes Sociais ------------- Denúncia da PGR dá conta de que Walter Delgatti, hacker supostamente contratado por Zambelli para invadir sistema do CNJ, falsificou alvará de soltura do criminoso ------------- por Ivan Longo - Revista Forum -------- Em denúncia encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (23), o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, aponta que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), com a ajuda do hacker Walter Delgatti, teria tentado soltar da cadeia Sandro Silva Rabelo, líder da facção criminosa Comando Vermelho conhecido como "Sandro Louco" que foi condenado a 200 de anos de prisão e que está preso na Penitenciária Central de Cuiabá. A parlamentar nega [veja nota oficial ao final desta matéria]. Sandro Louco foi preso há 20 anos e suas penas chegam a 200 anos de encarceramento pelos crimes de falsificação, roubo, homicídio, latrocínio, sequestro e cárcere privado e porte de arma de fogo. De acordo com Paulo Gonet, que emitiu sua denúncia baseado em investigação da Polícia Federal (PF), Zambelli pagou Walter Delgatti para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsificar decisões, entre elas emitir uma ordem de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Entre outras falsificações, Delgatti teria forjado um alvará de soltura para Sandro Louco em 5 de janeiro de 2023, através do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), supostamente assinado pelo juiz Leonardo de Campos Costa e Silva Pitaluga, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá. A falsificação do alvará foi descoberta poucos dias depois da emissão e, por pouco, o líder do Comando Vermelho não se livra da cadeia.