por Carla Regina - Todos sabem que Curitiba é uma cidade onde a maioria da população é considerada conservadora, a mais direitista do país, e alguns dirão que é uma cidade fascista, afinal, na Segunda Guerra Mundial as passeatas de centenas de fascistas partiam do bairro Água Verde e desembocavam na praça Tiradentes. Tempos em que o comércio da cidade era dominado por imigrantes alemães e italianos, o que explica o conservadorismo da população atual.
Nestas eleições para prefeito e vereadores, o candidato do sistema é Eduardo Pimentel, apoiado por Rafael Greca, Ratinho Junior e o inelegível ladrão de jóias Jair Bolsonaro. Eduardo conseguiu reunir forças políticas que até recentemente não se cruzavam. Difícil imaginar uma pessoa culta como Greca apoiando o mesmo candidato do inelegível, algo explicado pelo oportunismo dos bolsonaristas que, dizem, aproveitaram para embarcar no ônibus andando.
Mas o neto do ex-governador Paulo Pimentel não terá vida fácil. Ney Leprevost divide o eleitorado de direita e abre caminho para Luciano Ducci, um nome que tem apoio da esquerda e de parte da direita, afinal, o fazendeiro Luciano Ducci não pode ser chamado de comunista. E outro candidato que pode surpreender é Roberto Requião, que tem um eleitorado próprio e fiel, apesar de fazer críticas ao governo Lula e com isso perder votos.
Na Câmara Municipal de Curitiba a renovação deve ser grande. Nunca se viu uma maioria de vereadores tão retrógrada e reacionária como na atual legislatura.