Bolsonaro se desespera e admite: "Posso ser preso"

O ex-presidente Jair Bolsonaro em conversa com jornalistas no Aeroporto de Brasília Créditos: Pedro Ladeira/Folhapress ---------- Ex-presidente muda o tom e, com medo da cadeia, tenta responsabilizar militares pela tentativa de golpe de Estado ------------------- por Ivan Longo ---- Revista Forum -------- Nesta segunda-feira (25), em conversa com jornalistas ao chegar no Aeroporto de Brasília, Jair Bolsonaro adotou um tom diferente do deboche que vinha utilizando para reagir ao seu indiciamento pela Polícia Federal (PF) na investigação sobre tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente demonstrou desespero diante da possibilidade de ser preso. Pela primeira vez, Bolsonaro admitiu publicamente a chance de enfrentar a prisão. "Eu posso ser preso agora, ao sair daqui [do aeroporto]", disparou, revelando uma preocupação inédita em seu discurso. Durante a conversa, o ex-presidente também admitiu que "estudou possibilidades" para reverter o resultado eleitoral de 2022, afirmando, no entanto, que todas as ações consideradas estavam "dentro das quatro linhas da Constituição". Entre essas possibilidades, mencionou a decretação de um estado de sítio. ------------ Bolsonaro admite tese do golpe, mas joga culpa nos militares --------- Na mesma entrevista coletiva improvisada, Bolsonaro tentou suavizar sua posição diante das evidências apresentadas pela investigação, reconhecendo a tese do golpe de forma implícita. No entanto, buscou transferir a responsabilidade para os militares envolvidos no caso. Main Logo Forum Edição da semana Apoie-nos Menu Pincipal Receber Notificações Push INDICIADO Bolsonaro se desespera e admite: "Posso ser preso" Ex-presidente muda o tom e, com medo da cadeia, tenta responsabilizar militares pela tentativa de golpe de Estado O ex-presidente Jair Bolsonaro em conversa com jornalistas no Aeroporto de Brasília Bolsonaro admite que pode ser preso. O ex-presidente Jair Bolsonaro em conversa com jornalistas no Aeroporto de Brasília Créditos: Pedro Ladeira/Folhapress Ivan Longo Por Ivan Longo POLÍTICA26/11/2024 · 05:26 hs Comparta este artículo Nesta segunda-feira (25), em conversa com jornalistas ao chegar no Aeroporto de Brasília, Jair Bolsonaro adotou um tom diferente do deboche que vinha utilizando para reagir ao seu indiciamento pela Polícia Federal (PF) na investigação sobre tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente demonstrou desespero diante da possibilidade de ser preso. Pela primeira vez, Bolsonaro admitiu publicamente a chance de enfrentar a prisão. "Eu posso ser preso agora, ao sair daqui [do aeroporto]", disparou, revelando uma preocupação inédita em seu discurso. Te podría interesar Foto ilustrativa de la nota titulada: Bolsonaro afina e dá crédito à tese do golpe, mas joga culpa em militares Sei... Bolsonaro afina e dá crédito à tese do golpe, mas joga culpa em militares Foto ilustrativa de la nota titulada: A frustração de Bolsonaro que o aproximou dos “kids pretos” que tentaram golpe Sonho não realizado A frustração de Bolsonaro que o aproximou dos “kids pretos” que tentaram golpe Durante a conversa, o ex-presidente também admitiu que "estudou possibilidades" para reverter o resultado eleitoral de 2022, afirmando, no entanto, que todas as ações consideradas estavam "dentro das quatro linhas da Constituição". Entre essas possibilidades, mencionou a decretação de um estado de sítio. Bolsonaro admite tese do golpe, mas joga culpa nos militares Na mesma entrevista coletiva improvisada, Bolsonaro tentou suavizar sua posição diante das evidências apresentadas pela investigação, reconhecendo a tese do golpe de forma implícita. No entanto, buscou transferir a responsabilidade para os militares envolvidos no caso. Te podría interesar Foto ilustrativa de la nota titulada: VÍDEO: Bolsonaro entra em pânico e chora com medo de ser preso Trama golpista VÍDEO: Bolsonaro entra em pânico e chora com medo de ser preso “Ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais. É um absurdo o que estão falando. Da minha parte, nunca houve discussão de golpe. Se alguém viesse discutir golpe comigo, ia falar: ‘Tudo bem, e o after day? E o dia seguinte, como fica o mundo perante a nós?’ Todas as medidas possíveis, dentro das quatro linhas, dentro da Constituição, eu estudei”, afirmou. Bolsonaro também fez questão de reiterar que “jamais falou de golpe”, apesar de mencionar os altos oficiais envolvidos e os documentos acessados pela Polícia Federal que indicam a conspiração. “A palavra golpe nunca esteve em meu dicionário. Desde quando eu assumi, em 2019, vinha sendo acusado de querer dar um golpe... Até nesses áudios vazados, me ofende, até. Não faço, jamais faria algo fora das quatro linhas. Dá pra você resolver os problemas do Brasil, seus problemas, inclusive, dentro da Constituição”, acrescentou. “Não levei para frente. Até para estado de Defesa. Não convoquei ninguém e não assinei papel. Eu procurei saber se existia alguma maneira na Constituição para resolver o problema. Não teve como resolver, descartou-se”, concluiu.