por Edilson Martins ------------
As imagens do ten/cel Mauro Cid, narrando o dia em que Bolsonaro submete aos Chefes das três Armas a Minuta para desfechar o Golpe militar, estarreceram o país.
O futuro Comandante dos "Kids Preto", a sombra, durante 4 anos, da presidência da República, procedendo de uma família de militares estrelados, testado e preparado para a guerrilha nas selvas, contra os "inimigos" da pátria, o homem forte do Governo, ele próprio um ex-"Kid Preto", despencado, tombado, humilhado, chorando convulsivamente sobre uma mesa.
Abandonado pelo homem que endeusara, descartado pelos amigos que durante 4 anos o adularam, generalato derretido, a solidão do Coronel Mauro Cid foi devastadora.
Logo depois desmaiaria.
Não foi gravado, felizmente.
O país não merecia cenas tão degradantes.
Vale informar; a revelação desses vídeos era demanda dos advogados de Bolsonaro e do general Braga Netto, ora preso, junto à Suprema Corte.
A depreciação da dignidade de uma geração de militares, que os há, a queda do ten/cel Mauro Cid.
Foi o preço pelo deslumbramento a um mito com os pés de lama.
Não foi só ele.
A que ponto, oficiais superiores, foram capazes de submeter à nação imagens tão constrangedouras, dolorosas, deploráveis.
A que ponto um capitão desvairado e golpista, cruzado da tortura covarde, galhofeiro da agonia dos que morriam, era a peste da Covid, pôde levar a elite militar de uma nação.
Dirigindo-se a um grupo de seguidores, na sede de seu partido - o PL - o ex-capitão Bolsonaro desfechou a frase definitiva, redonda, abusada, nada sincera, implacável, típica de um herói de fancaria, de porta de bordel, sob aplausos, há dois dias; " - Falam que vou ser preso. Caguei pra prisão."
Como duvidar das Confissões, portanto, do ten/cel Mauro Cid?
O capitão, nessa empreitada, feriu, de forma brutal, como nunca antes acontecera, a imagem das três Armas brasileiras.
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