Em declaração exclusiva à Fórum, Pamela Suellen Silva agradeceu apoio e afirmou que Marcelo está "em paz"
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por Julia Motta --- Revista Forum -------
Pamela Suellen da Silva, viúva de Marcelo Arruda, falou com a Fórum após a condenação de Jorge Guaranho pelo assassinato de seu marido, em julho de 2022, durante a festa de aniversário de Arruda com o tema alusivo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pamela afirmou que está "comemorando" a condenação e que Marcelo finalmente está "em paz".
"Depois de quase 3 anos de luta, estamos aqui hoje comemorando a decisão do júri do caso do Marcelo", contou. Para ela, a condenação de Guaranho demonstra que "a sociedade está atenta a essa questão de violência, de diferença", destacou Pamela.
Ela ainda agradeceu o apoio e o carinho que recebeu durante a busca por justiça pelo marido. "Obrigada à sociedade de Curitiba que olhou para nós com carinho, olhou para nós com humanidade e respeito. Obrigada, obrigada Foz do Iguaçu, obrigada ao Ministério Público por ter feito um excelente trabalho. Obrigada a todos os nossos companheiros de luta e militância que estiveram todo momento aqui conosco", finalizou Pamela.
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Condenação de Jorge Guaranho
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O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado nesta quinta-feira (13) a 20 anos de prisão pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, em 9 de julho de 2022.
A sentença, proferida pelo Tribunal do Júri de Curitiba, considera o crime como homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e perigo comum. A pena será cumprida inicialmente em regime fechado, mas cabe recurso da decisão.
O crime ocorreu durante a festa de aniversário de 50 anos de Arruda, que tinha como tema o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Guaranho, que não conhecia a vítima, invadiu o local exaltando o ex-presidente Jair Bolsonaro e, após uma discussão, disparou contra Arruda. O crime chocou o Brasil à época e se tornou símbolo da violência política da extrema direita.
Durante o julgamento, que se estendeu por dois dias, Guaranho se recusou a responder perguntas do Ministério Público e classificou o assassinato como uma "idiotice".
Ele afirmou que foi à festa para uma "brincadeira" e que assassinou o petista em legítima defesa. "Foi uma fatalidade", disse o homicida.
Em seu depoimento, desmontou a estratégia de sua defesa ao afirmar que se lembrava do dia do crime, contradizendo a alegação de amnésia pós-trauma sustentada por seus advogados.