"O ingresso da Miriam Leitão na Academia Brasileira de Letras me fez lembrar de uma história contada pelo Fausto Wolff (este, sim, escritor de verdade) há alguns anos. Uma bela historinha, em forma de parábola ou de premonição deste nosso lindo século 21…
Uma pianista norteamericana, de uns 25 anos, suborna o segurança de um museu na Europa e consegue sentar-se ao piano que um dia pertenceu a Beethoven. Enquanto se deliciava tocando o piano, a moça iniciou esta conversa com o segurança:
- Nossa, esta sala deve ser visitada por grandes pianistas, não?
- Sem dúvida, na semana passada nós recebemos a visita de Leonard Bernstein. Ficou horas aqui.
- Jura? Ele também pediu para tocar o piano do Beethoven?
- Não. Ele disse que se sentia indigno de sentar aí."
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Texto do Rodrigo Janke Lucheta
