Me poupe: Ameaçada de perder o mandato por uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a distribuição das chamadas “sobras eleitorais”, a deputada federal Sílvia Waiãpi (PL-AP) também é alvo de um processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode resultar na cassação de seu mandato.
A Justiça Eleitoral condenou Waiãpi por utilizar R$ 9 mil do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o “Fundão Eleitoral”, para pagar um procedimento de harmonização facial.
Na semana passada, a deputada afirmou que poderia iniciar uma greve de fome para tentar reverter a decisão do STF, que alterou as regras para o uso das sobras eleitorais. Com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (MDB-PB), em viagem a Portugal, Waiãpi e os outros seis deputados potencialmente afetados pela decisão seguem, por ora, em seus mandatos.
Apenas o presidente da Câmara pode formalizar a perda dos mandatos e dar posse aos novos deputados que assumiriam os cargos no lugar de Waiãpi e dos demais parlamentares. Segundo sua assessoria, a deputada não descarta iniciar a greve de fome ainda nesta semana.
De acordo com o Ministério Público Eleitoral, Waiãpi contratou serviços de marketing digital e pagou R$ 39.454,70 com recursos do Fundão. No entanto, a profissional contratada recebeu apenas R$ 20 mil. O restante — R$ 19.454,70 — teria sido usado para “pagamento de outras despesas não declaradas, inclusive um procedimento estético (harmonização facial) no valor de R$ 9 mil”.
O recurso apresentado pela deputada contra a condenação foi negado pelo TSE em 15 de maio deste ano. Atualmente, seu advogado negocia o parcelamento do valor que ela deverá devolver aos cofres públicos, enquanto tenta evitar a cassação.
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➡️ Leia a reportagem completa na coluna de Andreza Matais no metropoles.com
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