por Edilson Nartins ---------
Luiz Fux escolheu ontem, antes que se encerrassem as últimas horas do 21/07/, a banda de Andrezinho Mendonça e Nunes Marques sem K.
Os dois ministros, alinhados com Bolsonaro, foram poupados por Trump.
Não estão impedidos de desfrutar as delícias de visitar, ou morar, nos EUA.
Assim como seus familiares.
O país que pensa aguardou curioso, mesmo sem esperanças, esse voto do ministro Fux; aprovando ou abrindo divergência com a tornozeleira e outras " cautelas" a Bolsonaro.
Garantista, recusou essas medidas.
Fux não escolheu a data de ontem, certamente; apenas se encontrava no armário de seus conflitos essa revelação, vamos supor.
Fux já teve uma filha, com apenas 35 anos, sem currículo, escolhida desembargadora.
Quando Dilma, única presidente anteriormente torturada pela ditadura o escolheu para integrar a Suprema Corte, houve desconfiança, alertas.
Era o tempo do mensalão, em que o PT não se pautava como anjinho como até hoje tenta fazer crer.
E, no entanto, Fux, tranquilizou a presidente, garantindo que ficasse tranquila.
- Havendo bola dividida, saberei matar no peito.
Parece que blefava.
Será que Fux, tomado de amnésia, apagou a vandalização, nunca imaginada, da Suprema Casa onde trabalha, pelas tropas bolsonaristas?
Ou acredita no retorno do bolsonarismo, o que de fato não é nenhum delírio.
O "Fausto" de Goethe, que ordena a língua alemã, inspirado nas lendas desse povo, nos conta a história de uma personagem que vende sua alma a Mefistófeles em troca de sucessos e glórias.
Vendeu, portanto, sua alma ao diabo.
Esse conflito - vender nossas almas ao diabo em troca de favores e conquistas - nunca deixou de nos assediar.
É possível, apenas uma hipótese, que a cabeleira do ministro, seus cabelos cor de prata, perca um pouco do encanto nas decisões históricas do plenário da Suprema Corte do país.
Mais um tiro no peito desferido pelo desvairado Dudu Bolsonaro nos quadros ilustres do bolsonarismo.
Fux está agora sitiado.
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