O Brasil não é uma colônia dos Estados Unidos da América do Norte, mas sim um país independente, de propriedade de um povo Soberano
ENUNCIADO OFICIAL DO MDSN – 08/07/2025
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A recente defesa de Jair Bolsonaro, feita por Donald Trump, representa mais do que uma manifestação pessoal: é uma tentativa explícita de interferência política externa nos assuntos internos do Brasil, reeditando uma prática arrogante e imperialista que os Estados Unidos da América do Norte vêm aplicando há décadas sobre nações soberanas.
Trump afirmou que o Brasil estaria cometendo “algo terrível” contra Bolsonaro e comparou o processo judicial em curso a uma “caça às bruxas”. Tal declaração se alinha à postura do ex-presidente norte-americano quando apoiou a autodeclaração ilegítima de Juan Guaidó como presidente da Venezuela, numa tentativa fracassada de manipular a política interna daquele país. A estratégia é a mesma: deslegitimar instituições nacionais, desestabilizar processos soberanos e fabricar narrativas de perseguição para proteger aliados ideológicos que violaram leis e princípios democráticos.
O MDSN denuncia com veemência: essa ingerência dos EUA é inaceitável.
Os Estados Unidos da América do Norte não têm autoridade moral nem legitimidade histórica para interferir na Justiça brasileira. Não aceitaremos passivamente que o Brasil seja tratado como colônia moderna ou como o “quintal” da América do Norte. O tempo em que Washington ditava as regras na América do Sul está acabando. Se os EUA apoiam criminosos e sabotadores da ordem constitucional brasileira, devem ser responsabilizados pelas consequências políticas, diplomáticas e históricas desse apoio.
Trump e seu discurso de “perseguição política” tentam transformar infratores da lei em mártires do conservadorismo populista. Mas o que está em jogo no Brasil não é uma disputa ideológica, e sim a integridade das instituições e o cumprimento da Constituição. O ex-presidente Bolsonaro responde por seus atos perante a Justiça brasileira — e é com a Justiça brasileira, e com mais ninguém, que ele deve acertar as contas.
O mundo já viu esse roteiro: os EUA apoiaram golpes, financiaram guerras, destruíram nações inteiras sob o pretexto de “liberdade”, “democracia” ou “perseguição a aliados”. Fizeram isso no Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria, Nicarágua, Chile, Honduras, Haiti, Venezuela e tantos outros. O resultado? Mortes, miséria, destruição de soberanias e fortalecimento de corporações ligadas à máquina de guerra norte-americana.
O MDSN afirma com todas as letras: o Brasil não será a próxima vítima.
Rejeitamos qualquer tentativa de manipulação externa. Exigimos respeito à soberania nacional. E deixamos claro que o apoio de Trump a Bolsonaro é, na prática, um atentado à autodeterminação do povo brasileiro.
O tempo da obediência cega a Washington acabou. A América do Sul está despertando.
E o Brasil, com sua história, sua força e sua consciência política, será a trincheira contra esse novo ciclo de dominação.
Assina:
Movimento em Defesa da Soberania Nacional – MDSN