Anistia Internacional reconhece regime de apartheid em Israel

COMUNICADO À IMPRENSA SOBRE O RELATÓRIO DANDO ISRAEL COMO REGIME DE APARTHEID ESTADO DA PALESTINA - Ministério das Relações Exteriores e Expatriados - 1º de fevereiro de 2022 - - O Estado da Palestina saúda o relatório da *Anistia Internacional* sobre o regime do apartheid de Israel e suas políticas e práticas racistas contra o povo palestino. A Anistia Internacional junta-se a uma longa lista de ilustres organizações de direitos humanos e especialistas da comunidade internacional, bem como da Palestina e Israel, que expõem a ocupação colonial de Israel pelo que ela é: um *sistema institucionalizado de opressão e dominação sobre o povo palestino*, projetado para legitimar a expansão dos assentamentos coloniais israelenses, negar ao povo palestino seu direito inalienável à autodeterminação e apagar a história palestina, o presente e o futuro em sua terra natal. O relatório oferece uma visão detalhada da cruel realidade do *racismo arraigado, exclusão, opressão, colonialismo, apartheid e tentativa de extermínio* que o povo palestino tem sofrido desde a Nakba. É uma estratégia clara do Estado de Israel manter sua dominação colonial, baseada na negação perpétua dos direitos fundamentais e nacionais do povo palestino. Esta abominável realidade de criminalidade e impunidade é tão visível que é inegável para a comunidade internacional. Da mesma forma, este apartheid é sustentado e encorajado pelo abandono deliberado das obrigações internacionais de Israel, bem como pela *inação da comunidade internacional*. O relatório da Anistia Internacional deve obrigar aqueles que optaram pelo apaziguamento e pela inação a realinhar suas ações com as obrigações internacionais e o direito internacional. Permitir que essa brutalização e desumanização maciça e institucionalizada do povo palestino continue sem consequências é uma *traição aos valores e princípios dos direitos humanos universais*. Tal traição também afetará negativamente os direitos e a vida das vítimas de injustiça em todo o mundo. Isso prejudicará a luta global por justiça e a aplicação universal dos direitos humanos. Seria simplesmente imperdoável. O Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Assembleia Geral são obrigados a prestar atenção às provas claras e irrefutáveis apresentadas pela Anistia e outras importantes organizações de direitos humanos e fazer com que Israel preste contas por seus crimes contra o povo palestino, *inclusive por meio de sanções*. Da mesma forma e com urgência, o promotor do *Tribunal Penal Internacional* deve investigar prontamente os crimes de Israel contra a humanidade e de apartheid. Enquanto isso, o povo palestino continuará exercendo seu direito legítimo de se opor e resistir a todas as formas de ocupação, colonização, desumanização, racismo e apartheid até alcançar a justiça e realizar seus direitos *à autodeterminação, retorno, liberdade e independência*.