Proibir passaporte da vacina é um desserviço negacionista, diz Romanelli

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) fez uma nova manifestação contra o projeto de lei 655 que tramita na Assembleia Legislativa e que veda a criação de passaporte sanitário para comprovar o ciclo vacinal completo contra a Covid-19. Para ele, o parlamento estadual dá um sinal negativo para a sociedade ao debater a proposição sob o argumento da liberdade individual. “Liberdade do que, cara pálida. O que nós vivemos na Assembleia é uma situação surrealista”, sustenta Romanelli. “É um desserviço completo à sociedade paranaense esse projeto de lei e um movimento que vai contra tudo aquilo que a ciência tem feito para controlar a Covid”, afirmou o deputado em entrevista para a Rádio Cultura de Foz do Iguaçu. Ele ressalta que a imensa maioria da população já está vacinada e mais de 80% são favoráveis ao passaporte sanitário. Na avaliação do deputado, insistir em negar a ciência é um absurdo. “Nós ainda temos um movimento antivacina”, pontuou. “Após toda a sociedade fazer um enorme esforço, o cientista se debruçar em busca de uma vacina, aparecem grupos negacionistas que acreditam em fake news”, acrescentou. “Eu defendo que a sociedade merece continuar protegida. As pessoas tem que se vacinar” Romanelli considera que, na hipótese de aprovação do projeto lei, a medida será derrubada na esfera judicial. Ele entende que empresas e instituições têm o direito de adotar medidas para proteger o ambiente de trabalho, os funcionários e os estudantes, no caso das organizações de ensino. “É um direito de quem está fazendo a sua parte adotar medidas restritivas, como o acesso, por exemplo, às pessoas que não se vacinaram”, afirmou. “Quem não quiser a vacina sabe que terá restrições em relação às suas atividades”. Para o deputado, a vontade individual não pode se sobrepor ao interesse coletivo. “O que eu lamento é que isso tenha ganhado um campo mais na esfera da política eleitoral. Infelizmente, por conta dessa bolha da internet, alguns acham que defender a proibição do passaporte vai dar voto”, sustentou Romanelli. “Querem acabar com a exigência da vacina. É quase como voltar à Idade Média, quando não havia vacina nenhuma”.