De Maria Júlia Maria Temer ------
Um breve panorama do que está aparecendo no noticiário no oriente médio, inclusive na imprensa alternativa de Israel. -------
A morte de Shireen Abu Akleh é dada como assassinato cometido por um sniper do exército de Israel. Soldados israelenses estavam em Jenin sequestrando menores acusados de terem atirado pedras contra eles; e uma equipe de quatro jornalistas palestinos, entre eles Shireen, cobriam o ataque a uma distância relativa da zona de confronto. Naquele momento não havia tiroteio.
De súbito, foram disparadas três balas, vindas do lado israelense, mirando o time de jornalistas: uma falhou o alvo, a segunda atingiu as costas do jornalista palestino Ali Samodi, e a terceira perfurou a cabeça de Shireen.
Shireen Abu Akleh é uma jornalista palestino-americana de imensa projeção internacional, que há doze anos trabalha na prestigiada rede Al-Jazeera. É uma destacada jornalista de guerra, dedicada à denúncia dos crimes de Israel na Palestina ocupada, e uma das mais proeminentes no conhecimento da questão palestina.
Há poucos dias, a associação de imprensa da palestina juntamente com outras associações de imprensa internacionais haviam denunciado o ataque sistemático de snipers israelenses contra jornalistas árabes, a fim de intimidá-los, destacando que desde o ano 2000, cinquenta e cinco jornalistas já haviam sido assassinados pelo exército de Israel.
Soldados israelenses impediram a entrada de ambulância para socorrer Shireen Abu Akleh, que foi removida para o hospital em um veículo particular, onde porém já chegou morta.
Houve grande convulsão em seu sepultamento, oficiado conforme o rito cristão ortodoxo, pois Shireen era cristã ortodoxa. O oficiante sublinhou que Shireen foi uma incansável defensora da Palestina, e por ela empenhou sua vida.
O noticiário sobre Shireen é contínuo, apresentando vídeos, reportagens e matérias feitas por ela em vida; e principalmente cenas de seu funeral e depoimentos muito emocionais de colegas jornalistas. Shireen morreu aos 51 anos.
