Luiz Carlos Azenha faz uma análise bem esclarecedor sobre a guerra na Ucrânia. --------
PARA ONDE VÃO OS BILHÕES? -----
A guerra permanente na Ucrânia é do interesse do Ocidente, mais especificamente dos Estados Unidos.
1. Faz do Putin, que entrou de caso pensado na armadilha da OTAN, refém de um triunfo militar;
2. Justifica o empréstimo de bilhões de euros e dólares à Ucrânia, que serão gastos majoritariamente com armamento que a Ucrânia não fabrica (nem o Brasil). É dinheiro que sai do bolso do contribuinte americano e europeu diretamente para o complexo industrial militar (aquele que o Eisenhower denunciou).
3. Torna os europeus reféns da OTAN, desarticula o papel da Alemanha como potência global e enterra a tentativa da França de exercer soberania militar. Ficam todos sob o guarda-chuva de Washington.
No meio estão os pobres civis ucranianos, entre a espada do Putin e a cruz do batalhão Azov e suas muitas crias neonazistas (o New York Times, com uma boa dose de cinismo, disse que existem "supostos nazistas" na Ucrânia).
É por isso que o herói planetário Zelensky tratou logo de banir partidos de oposição: eles poderiam articular as vozes da paz, quando a população ucraniana começar a chiar contra o estado de guerra permanente.
Os Estados Unidos já declararam guerras permanentes contra as drogas (Nixon, que na verdade estava interessado em justificar a perseguição aos negros e aos estudantes que lhe faziam oposição interna) e contra o terrorismo (Bush, para justificar guerras pelo controle do petróleo em várias partes do mundo).
Nenhuma será tão lucrativa para o complexo industrial militar quanto esta, pois mobiliza o Tesouro de países que tem muito dinheiro para gastar em armas.
O presidente 'democrata' dos Estados Unidos, chafurda na lama da venda de armas, incentiva e se aproveita da guerra de olho na grana alheia.