Policiais envolvidos na asfixia de Genivaldo de Jesus são identificados

Paulo Rodolpho Lima Nascimento, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas, policiais responsáveis pela morte de homem em viatura policial Foto: Reprodução ----- Publicado por Ezequiel Vieira - DCM ----- Foram divulgados, neste domingo (29), os nomes dos policiais da Polícia Federal do estado de Sergipe responsáveis pela morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos. Paulo Rodolpho Lima Nascimento, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas abordaram de maneira violenta e prenderam a vítima em um porta-malas da viatura policial com gás lacrimogéneo. O homem morreu por asfixia e insuficiência respiratória aguda. A informação foi divulgada em reportagem do Fantástico. O corpo de Genivaldo foi sepultado em Umbaúba por volta das 11h da quinta-feira (26). Ele deixou esposa e um filho e oito anos. Os agentes estão sendo investigados em um processo interno disciplinar. O caso aconteceu Por volta das 11h, Genivaldo foi abordado por três policiais rodoviários no km 180 da BR-101, o momento foi gravado por pessoas que estavam no local.
De acordo com o sobrinho da vítima, Wallison de Jesus, ele disse para os policias que o tio tratava transtorno psicológico há 20 anos, mas os agentes continuaram com a violência que resultou na morte de Genivaldo. A Polícia Rodoviária Federal informou ter aberto um procedimento para apurar o caso, que também é investigado pelas polícias Civil e Federal. O Ministério Público Federal em Sergipe também acompanha as investigações. A PRF informou sobre o afastamento dos agentes envolvidos. “A utilização de gás de pimenta como instrumento de menor potencial ofensivo é comum entre as polícias, geralmente para dissipar multidões, mas jamais deve ser feito em ambientes fechados ou por períodos prolongados numa pessoa. Sua má utilização pode ocasionar a morte”, afirmou a diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno. “Colocar uma pessoa em um ambiente fechado e jogar gás dentro desse ambiente. Isso a gente se reputa como uma prática de tortura que jamais pode ser aceitável e nenhuma força policial do mundo“, reiterou o especialista e membro do Fórum de Segurança Pública, Rafael Alcapadine. Desde o crime, o caso tem repercutido internacionalmente,. Aconteceram de protestos nas ruas e nas redes sociais e a família pede por justiça na morte de Genivaldo.