“Há probabilidade média de vitória de Lula em primeiro turno”, diz Marcos Coimbra

Marcos Coimbra e Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert) --- Presidente do Vox Populi afirma que o quadro está praticamente decidido em favor do ex-presidente ---- 247 - O sociólogo Marcos Coimbra afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que as eleições de 2022 está praticamente decididas em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A 40 dias da eleição, o tempo é o principal adversário de Bolsonaro. As mudanças são completamente superficiais e o número de indecisos é muito pequeno. Bolsonaro não tem de onde tirar votos”, diz ele. “A importância do horário eleitoral é cada vez menor. A mídia tradicional envelheceu”, acrescenta. Na entrevista, Marcos Coimbra também falou sobre as possibilidades de vitória de Lula no primeiro turno. “Lula sabe que 30% do eleitorado brasileiro é bolsonarista. O que ele pode fazer agora é buscar eleitores ciristas que serão seus eleitores a curto prazo. Cerca de 70% dos eleitores de outros candidatos podem votar em Lula. Lula deve também dialogar com evangélicos”, afirma. “Há probabilidade média de vitória de Lula em primeiro turno”, aponta. Coimbra também diz que a estabilidade do mercado sinaliza a naturalização da vitória de Lula. O sociólogo também analisou os cenários estaduais. “Em São Paulo, o número de indecisos é muito maior, mas Fernando Haddad está muito bom. E Tarcísio de Freitas não tem qualquer pertencimento com São Paulo”, afirmou. Sobre Minas Gerais, ele disse que Alexandre Kalil ainda é um desconhecido em várias regiões de Minas Gerais e que Romeu Zema é fruto do vazio político em Minas. Sobre o Rio de Janeiro, ele afirmou que se trata do estado com mais problemas de relacionamento entre a sociedade e o sistema político. Ele também discordou da tese de que o bolsonarismo terá vida longa após sua derrota. “O bolsonarismo sairá da eleição desmoralizado e enfraquecido. Fora do Planalto, ele começa a morrer”, afirma. “Como Lula não vai disputar a reeleição, desde muito cedo vai se abrir o pós-Lula. Ao contrário do PSDB, que morreu, o PT tem força de renovação”, finaliza.