53º Aniversário da Revolução Líbia Al Fateh

Há 53 anos atrás, no primeiro dia 1º de setembro do ano de 1969, um grupo de militares líbios, sob a liderança de Muamar Kadafi (nascido em 7 de junho de 1942 em Abu Hadi, Sirte, e martirizado em 20 de outubro de 2011, em Sirte, sua terra natal), deflagrou a Revolução Al Fateh, derrubando a monarquia do rei Idris (apoiado na época pelas principais potências) e escrevendo as páginas mais belas da história da humanidade em termos de valorização do povo, de distribuição de riquezas nacionais entre a população, de solidariedade efetiva aos povos que lutavam por libertação em diversas partes do mundo, e conquistando o melhor IDH (índice que mede o padrão de vida) do continente africano. Muamar Kadafi escolheu a carreira militar para conseguir apoio da população e derrubar uma monarquia corrupta que drenava a riqueza do país para uma elite parasitária e antinacional. E ao se destacar na academia militar, o jovem militar líbio foi promovido a oficial aos 23 anos de idade e designado para estudar na Inglaterra, onde reuniu as lideranças mais expressivas das Forças Armadas líbias para construir a Revolução Al Fateh que libertou o país. Assim que a revolução foi deflagrada, os apoiadores cercaram as principais bases militares estrangeiras estacionadas no país e deram 24 horas de prazo para que se retirassem. E assim o fizeram porque o povo revolucionário líbio assim o exigia. Os primeiros anos da revolução mostravam ao mundo a grandiosidade do líder Muamar Kadafi, um beduíno de Sirte. Foi recepcionado com honras pelo imortal líder egípcio Gamal Abdel Nasser, que o chamava de “meu filho”. Nasser é o fundador do pan-arabismo que reuniu lideranças honradas da humanidade como Hafez Al Assad, Yasser Arafat, Muamar Kadafi e o próprio Nasser para lutar contra o imperialismo inglês e norte-americano nas décadas de 1960 e 1970. Até o ano de 1977 Kadafi presidiu o Conselho do Comando Revolucionário da Líbia. Confiscou os bens de estrangeiros ligados à monarquia e nacionalizou empresas estrangeiras. Em 1977 torna-se secretário-geral do Congresso Geral do Povo – organização governamental popular e representativa da maioria do povo líbio. Durante toda sua existência, Kadafi lutou pela libertação do povo africano, apoiando revoluções e guerras onde os africanos enfrentavam governos fantoches das potências imperialistas dos EUA, França e Inglaterra. Financiou e apoiou movimentos revolucionários em diversas partes do mundo. Construiu um governo popular na Líbia – a Jamahiriya Árabe Popular Socialista Líbia – que garantia educação, saúde e habitação gratuitos para toda a população, e dividia a riqueza do petróleo entre a população. Kadafi financiou a guerrilha do CNA que libertou a África do Sul e era chamado de “irmão” por Nelson Mandela, que visitava constantemente a Líbia. A Líbia de Kadafi era considerada “a jóia da África e do mundo árabe”, e por todos esses motivos foi declarada inimiga pelo governo norte-americano. Diversas vezes os governos dos EUA acusaram a Líbia de apoiar terroristas, quando, na realidade, quem realmente promove o terrorismo no mundo para favorecer o comércio de armas é o governo norte-americano e seus cúmplices, como ficou provado na guerra ao Iraque, Síria, Afeganistão, Líbia e muitos outros países. A Líbia despertou no dia primeiro deste mês com manifestações e carreatas pró-Kadafi nas principais cidades do país. Milhares de líbios saíram às ruas portando a bandeira verde da Jamahirya, demonstrando ao mundo que a luta continua após o país ser invadido pelas maiores potências bélicas do planeta. O povo líbio segue lutando porque esta é a herança maior deixada por Muamar Kadafi: lutar pela libertação e soberania do país. Reconstruir a Jamahiriya Árabe Popular Socialista Líbia.