Blog do Esmael Morais ------ Após 2 dois meses do brutal assassinato de Marcelo Arruda por um bolsonarista, em Foz do Iguaçu (PR), a história se repetiu em Confresa, município a cerca de 1 mil km de Cuiabá, no Mato Grosso.
O crime ocorreu na quarta-feira (07/09) quando Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, desferiu ao menos 15 facadas em Benedito Cardoso dos Santos durante uma discussão política em Mato Grosso.
Segundo a política do MT, Rafael é apoiador do presidente cessante Jair Bolsonaro (PL) e a vítima [Benedito] é apoiadora do ex-presidente Lula (PT).
– É com muita tristeza que soube da notícia do assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, na zona Rural de Confresa. A intolerância tirou mais uma vida. O Brasil não merece o ódio que se instaurou nesse país. Meus sentimentos à família e amigos de Benedito – escreveu Lula em suas redes sociais.
O bolsonarista ainda tentou decapitar o defensor de Lula com um golpe de machado, relatam autoridades policiais.
“Cidadão de bem”, o autor do crime tem passagens na polícia por estelionato e tentativa de estupro.
A vítima e o autor trabalhavam juntos no corte de lenha para uma cerâmica em uma propriedade na zona rural de Confresa.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Victor Oliveira, eles haviam acabado de jantar e fumavam um cigarro juntos, quando começaram a discussão [por motivação política]. Os dois estavam sozinhos no barraco onde moravam.
Vítima e autor não tinham ingerido bebida alcóolica, afirma o delegado, ao relatar que a motivação do crime foi “opinião política divergente”. A vítima estava defendendo o Lula e, o autor defendendo o Bolsonaro.
A vítima, ainda segundo o delegado, não tinha passagens pela polícia. O defensor de Lula trabalhava há mais tempo no local do que o autor, que morava em Confresa, mas havia chegado à propriedade.
No dia 10 de julho passado, o agente penitenciário bolsonarista Jorge Guaranho, na tríplice fronteira, invadiu a festa de 50 anos de Marcelo Arruda, dirigente do PT iguaçuense, que morreu. Sua festa particular tinha temática do PT, com fotos de Lula.
A violência política tem o objetivo de afugentar apoiadores do ex-presidente Lula na reta final das eleições 2022.
