por Raphael Sanz - Revista Forum -------
O decreto foi feito em Prudentópolis, Paraná, pelo prefeito Ornei Stadler (UB); Município recebe eventos de campanha do presidente nesta sexta ------ Apoiador declarado do atual presidente, o prefeito de Prudentópolis (PR), Osnei Stadler (UB), editou um decreto que libera os servidores municipais para acompanharem os eventos de campanha de Jair Bolsonaro (PL) que ocorrem na próxima sexta-feira (16) na cidade.
A informação foi divulgada pelo jornalista Eduardo Matysiak, em suas redes sociais, onde foi publicada uma cópia do decreto. Nela, o prefeito faz quatro considerações antes de propor o decreto. Em três delas destaca a visita do presidente, para fazer atos de campanha, como “excepcionalidade do momento histórico da cidade” e afirma que há “interesse manifestado por grande parte da população” pela visita presidencial.
“Fica autorizada excepcional, mediante compensação posterior conforme normativa vigente e solicitação formal ao Secretário de cada pasta, e desde que não haja prejuízo ao atendimento aos munícipes, a ausência de servidores públicos municipais de seus postos de trabalho, exclusivamente durante o tempo de visitação do Senhor Presidente da República ao Município de Prudentópolis, no dia 16 de setembro de 2022”, diz o decreto.
O município de apenas 50 mil habitantes a 212 quilômetros de Curitiba receberá uma “motociata” de apoiadores do atual presidente que parte de Guamiranga, uma cidade vizinha. De acordo com o decreto, a liberação dos servidores não afetará os serviços públicos e nem trará prejuízos às contas públicas, o que não é exatamente uma informação que se possa confiar dado o conflito de interesses.
Além disso, este não é o primeiro caso em que se suspeita do uso da máquina pública em prol da campanha à reeleição do presidente Bolsonaro. Na última semana o presidente foi acusado de fazer uso político das comemorações do Sete de Setembro e, mais cedo nesta quinta-feira, entidades que representam os bancários no Distrito Federal entraram com uma ação no Ministério Público a fim de denunciar o uso eleitoral de uma propaganda da Caixa.
