Em entrevista, governador escondeu informações sobre controle acionário
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A Copel deve ser privatizada. Isso se prosperar o estelionato eleitoral proposto pelo governador reeleito Ratinho Junior (PSD), que omitiu aos paranaenses a possibilidade de venda da maior empresa do estado durante a eleição. Por outro lado, em comunicado primeiro ao mercado financeiro, em Fato Relevante, foi revelado que o Governo do Paraná pode ficar com apenas 10% das ações que dão votos. Para prosperar, no entanto, a medida tem longa trajetória e deve enfrentar resistência de movimentos como “A Copel é Nossa”.
Em entrevista na sexta-feira, o governador ainda afirmou o interesse em manter o controle da Copel. “A nossa ideia é fazer a Copel ser a maior empresa de energia elétrica do Brasil. A modelagem tem de ser estudada, mas desde que o Estado seja majoritário, isso é algo de que a gente não abre mão”, disse ao Valor.
Era uma mentira. A verdade que aparece em Fato Relevante publicado nesta segunda-feira, 21, o Diretor de Finanças e de Relações com Investidores, Adriano Rudek de Moura, revelou que a intenção do governador é vender o controle total da Copel.
“O modelo de governança em estudo prevê que, uma vez implementada a Operação, o Estado do Paraná permaneça com participação relevante não inferior a 15% do capital social total da Copel e 10% da quantidade total de votos conferidos pelas ações com direito a voto de emissão da Companhia”, diz o comunicado.
---------------Fonte: Coletivo Sindical dos Empregados da Copel