Pane seca: Falta combustível a cinco dias do fim da redução no ICMS, dizem donos de postos de combustíveis

Blog do Esmael Morais ---- No próximo dia 31 de dezembro, daqui cinco dias, chega ao fim a redução no ICMS do combustível. A medida aprovada em junho pelo presidente cessante Jair Bolsonaro (PL) – durante a campanha eleitoral – limitou a cobrança do ICMS sobre produtos e serviços essenciais à alíquota mínima de cada estado, que varia entre 17% e 18%. O diabo é que os donos de postos afirmaram ao Blog do Esmael que está faltando combustível para a compra no atacado. Os distribuidores, que agora são privados, estão estocando os derivados do petróleo para especular com o preço. Nesta segunda-feira (26/12), sarcástico, Bolsonaro comentou no Twitter a suposta redução no preço dos combustíveis. Ignorando a “pane seca” relatada por empresários do setor ao Blog do Esmael, o presidente derrotado gritou na rede social: “PREÇO DA GASOLINA CAI NO BRASIL PELA QUINTA SEMANA CONSECUTIVA“. A título de ilustração, a redução do ICMS no Paraná sobre gasolina e energia elétrica foi de 29% para 18%, qual seja, 11% a menos durante os seis meses que coincidiram com as campanhas pela reeleição do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados nos estados. A partir do domingo 1º de de janeiro de 2023, ao que tudo indica, haverá uma disparada no preço da gasolina comum e premium; Diesel s10; Óleo Diesel e Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha. Até 31 de dezembro de 2022, as operações que envolvem gasolina e suas correntes (nafta petroquímica, por exemplo) e etanol, inclusive para fins carburantes, têm alíquota zero de cinco tributos: PIS/Pasep; Cofins; PIS/Pasep-Importação; Cofins-Importação; e Cide. A queda na arrecadação do Paraná, para ficar em um exemplo concreto, está levando Ratinho Junior (PSD) ao desespero para cobrir o rombo eleitoral no caixa. O mandatário paranaense luta para realizar uma privatização ilegal da Copel, por R$ 3 bilhões, enquanto a companhia energética vale mais de R$ 23 bilhões; ele ainda tenta vender a Compagás e a Sanepar; briga pela implantação de mais 15 praças de pedágios somadas às 27 antigas com as tarifas mais caras do mundo; e sonha com a privatização de escolas e hospitais.