Chanceler russo acusa Ocidente de tentar sabotar crescimento econômico do Brasil

TASS ---- Sergei Lavrov acrescentou que as relações de Moscou com os países da América Latina estão em ascensão ----- REDAÇÃO OPERA MUNDI ---- Lavrov, que também ressaltou a maior disposição do Brasil em participar dos BRICS agora que Lula voltou à Presidência. Os BRICS são o bloco geopolítico conformado por Brasil, Rússia, Índia China e África do Sul (a sigla é formada pelas iniciais desses cinco países em inglês). O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou nesta quarta-feira (18/01) o Ocidente de tentar sabotar o crescimento econômico do Brasil e de outros países considerados possíveis novos grandes centros de desenvolvimento econômico no mundo. Segundo Lavrov, “se observamos os casos da Turquia, do Brasil, da Argentina, do Egito, muitos países do continente africano onde existe potencial de desenvolvimento tendo em vista as grandes reservas de recursos, onde podem se formar novos centros de crescimento econômico, vemos como o Ocidente tenta impedir que eles prosperem”. As declarações surgiram em meio a uma coletiva de imprensa que o chanceler russo ofereceu nesta quarta, para fazer um balanço sobre a política externa do país em 2022 e projetar os objetivos para 2023. O chefe da diplomacia russa também afirmou que as relações de Moscou com os países da América Latina vão em ascensão. “Nenhum país latino-americano, exceto Bahamas, aderiu às sanções antirrussas”, indicou. O ministro também se referiu às intenções de Argentina e México de se unirem ao bloco. “Estamos prontos para cooperar no formato BRICS+, trabalhando ativamente nos critérios pelos quais os países podem se juntar ao BRICS para um trabalho conjunto”, acrescentou. O chanceler lembrou que “há países com os quais cooperamos há muito tempo: Cuba, Venezuela, Nicarágua. Cuba é alvo de sanções norte-americanas unilaterais e ilegais. Na Organização das Nações Unidas (ONU) apenas os Estados Unidos votam pela sua manutenção, às vezes a Ucrânia os ajuda”. “Mas nós temos interesses em cooperar com outros países latino-americanos. Queremos oferecer a eles o mesmo que já damos aos nossos sócios atuais. Não temos nenhuma doutrina Monroe, quando vamos para uma região, não subordinamos o outro país aos nossos interesses”, finalizou Lavrov.