A semana na Assembleia Legislativa foi de intensos debates sobre a luta para impedir a privatização da Copel pelo governo Ratinho Jr, incluindo o envio de um ofício ao presidente Lula solicitando a revogação de um decreto, assinado pelo governo Bolsonaro em dezembro, que permite a venda da empresa. Além disso, os deputados de oposição também discutiram o acordo feito pelo governo do Estado, que reduziu uma dívida bilionária da Rodonorte com usuários do pedágio, e repercutiram o depoimento do advogado Rodrigo Tacla Duran à Justiça Federal de que teria sido vítima de extorsão pelo ex-juiz Sérgio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol.
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A COPEL É NOSSA – Os deputados Requião Filho e Arilson Chiorato, respectivamente líder da oposição na Alep e presidente do PT Paraná, enviaram ao presidente Lula um ofício solicitando formalmente a revogação de um decreto publicado no fim do ano passado, pelo governo Bolsonaro, que permite a privatização da Copel pelo governador Ratinho Jr.
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UNIÃO PELO PARANÁ - “Juntos, bancada de Oposição e Bloco PT-PDT, pedimos para que o presidente cumpra seus discursos de campanha e revogue este decreto usado como desculpa para a entrega da Copel. Querem privatizar a Copel para ferrar o povo do Paraná e ferrar nossa economia. Energia cara atrapalha o agro, atrapalha a indústria, atrapalha as empresas, atrapalha as famílias do Paraná. Dinheiro gasto para distribuir para acionistas da Copel é dinheiro que falta aos comércios, nas empresas, é dinheiro que falta para girar a roda da economia paranaense”, comentou Requião Filho.
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EQUIPARAÇÃO SALARIAL – O deputado Professor Lemos cobrou do governo Ratinho Jr. equiparação salarial dos funcionários e funcionárias de escola com os servidores do Quadro Geral do Estado (QPPE). “A APP-Sindicato nos entregou um estudo, que eu já repassei para os deputados e deputadas, solicitando apoio na luta pela equiparação salarial dos nossos servidores da educação com os demais servidores do Executivo. A reivindicação é justa e o governo do Estado precisa atender esse pedido de socorro”.
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CAIO PRESENTE! –
O caso da morte do adolescente Caio José Ferreira de Souza Lemes, de 17 anos, baleado pela Guarda Municipal de Curitiba, que causou enorme comoção, foi levantado pelo deputado Renato Freitas na tribuna da Assembleia. Caio cursava o 3º ano do ensino médio no Colégio Estadual Júlia Wanderley e no contraturno trabalhava como jovem aprendiz numa empresa de telemarketing. “Eu estive na manifestação na rua Herondina de Freitas, no bairro Campo Comprido, trazendo alento a uma mãe em prantos na dor do luto. Aos amigos, tão novos, de 15, 16 anos, que não compreendem como o Estado, às 16 horas da tarde, sob a luz do sol, em via pública, pode promover o terror, pode ceifar uma vida, matar um rapaz, enterrar seus sonhos”.
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EXTORSÃO – Requião Filho comentou o depoimento do advogado Rodrigo Tacla Duran ao juiz Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, de que foi vítima de extorsão pelo ex-juiz Sérgio Moro, e o ex-procurador Deltan Dallagnol, para que não fosse preso na Operação Lava Jato. No depoimento, Tacla Duran entregou vídeos e fotos que comprometem Moro e Dallagnol. Além de enviar o caso ao STF, Appio determinou que Tacla Duran seja colocado no programa de proteção a testemunhas.
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MORO NO BANCO DOS RÉUS – Requião Filho: “Sabemos que o ex-juiz da Lava Jato vazou gravações e inúmeros depoimentos - ou parte deles - com intenções políticas, e agora sofre com o vazamento do depoimento do advogado Tacla Duran. Acusações pesadíssimas de extorsão, contra Moro e Deltan, que irão ensejar uma investigação por parte da Polícia Federal e trarão à luz da verdade os fatos se eles aconteceram ou não”.
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PREJUÍZO BILIONÁRIO – O acordo feito pelo governo Ratinho Jr, que reduziu de R$ 6 bilhões para apenas R$ 323 milhões uma dívida da Rodonorte com usuários de pedágio por obras não realizadas e cobranças indevidas nas tarifas nos últimos 25 anos continuou a ser debatido na Alep. Requião Filho alertou que o governo estadual aceitou receber apenas 5% da dívida bilionária da concessionária do Norte Pioneiro, e que este valor será aplicado para fazer obras na região Noroeste.
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ABSURDO – “De uma dívida de 6 bilhões de reais, o Estado do Paraná fez um acordo para receber R $323 milhões, 5% do valor, e ainda vai ser usado numa obra eleitoreira, num trevo lá em Maringá. Imagine quando o povo lá de Jacarezinho, Andirá, Ribeirão Claro ficar sabendo disso”.
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CRÉDITO DA FOTO: ORLANDO KISSNER /ALEP
