Lewandowski encaminha à PGR depoimento de Tacla Duran com acusações contra Moro e Dallagnol

Blog do Esmael Morais ---- O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um depoimento em que o advogado Tacla Duran faz novas acusações contra o ex-juiz Sérgio Moro e o ex-procurador da República Deltan Dallagnol. Essa informação você acompanhou recentemente pelo Blog do Esmael. O depoimento de Tacla Duran foi encaminhado por Lewandowski à PGR para investigação. O ministro também decidiu que o caso será tratado em uma petição avulsa e ficará em segredo de Justiça. O caso foi encaminhado ao STF após o juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal em Curitiba, enviar o depoimento de Tacla Duran ao ministro Ricardo Lewandowski. Nesse depoimento, o advogado disse ter sido perseguido por não aceitar ser extorquido. As acusações de Duran contra Moro e Dallagnol foram amplamente divulgadas nas redes sociais. Em resposta, o senador Deltan Dallagnol afirmou que as declarações são falsas e que já foram “requentadas pela terceira vez”. Já o senador Sérgio Moro declarou que não teme investigação e lembrou que Duran foi preso pela Lava Jato. No entanto, o advogado foi privado de liberdade na Espanha, que recusou extraditá-lo para o Brasil por considerar a força-tarefa inidônea. --------- Moro tenta driblar o STF---- O senador Sergio Moro (União-PR) solicitou a reconsideração da decisão que encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) como declaração de extorsão feita pelo advogado Rodrigo Tacla Duran contra o ex-juiz e deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Moro sugeriu que o juiz Eduardo Fernando Appio, atual ocupante do posto que já foi do senador na 13ª Vara Federal de Curitiba, não deveria proferir novas decisões sobre esse e outros casos de Lava Jato antes de decidir sobre um pedido de suspeita formulado pelo Ministério Publico Federal. Moro argumenta que o STF não tem competência para julgar o caso, pois a extorsão alegada por Tacla Duran não teria sido praticada no exercício de seu mandato parlamentar, mas sim durante sua atuação como juiz. Além disso, o MPF questiona a atuação do Appio em todas as ações remanescentes da Lava Jato. A exceção de suspeição está concluída para decisão desde o último dia 15/3.