Injustiça: funcionários(as) de escola têm os piores salários do Estado no Paraná

Salário justo é direito de todos, mas não no Paraná, como mostra a defasagem entre o salário dos(as) funcionários(as) de escola (QFEB) e os(as) servidores(as) do Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE). As carreiras, que antes compartilhavam a mesma tabela salarial, agora têm uma diferença de até 136% no vencimento inicial. Essa é a realidade da nossa educação: alguns educadores(as) recebem menos do que um salário mínimo nacional. Agentes I que permanecem no início da carreira sobrevivem com um básico de R$ 1.067,32. Já Agentes II, cujo piso na carreira é de R$ 1.600,96, amargam um salário inferior ao Piso Regional, de R$ 1.731,02. Os reajustes no Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE), anunciados no final de fevereiro, elevam para R$ 7,2 mil os salários iniciais das carreiras de nível superior e para R$ 4 mil os das de nível médio. Enquanto isso, os(as) trabalhadores(as) que fazem as escolas funcionarem devem se contentar com uma tabela defasada e uma carreira extinta pelo próprio Estado. A maioria dos atuais funcionários(as) de escola fez seus concursos no QPPE. Em 2008, quando da aprovação da carreira específica para funcionários(as) da educação, os(as) concursados(as) para os cargos de Agente de Apoio e Execução puderam migrar de carreira. A carreira do Quadro de Funcionários da Educação Básica (QFEB) foi construída tendo por base a carreira do QPPE, principalmente no que diz respeito a tabela salarial. Trata-se, portanto, de uma nova injustiça com os(as) funcionários(as), que não possuem Piso Nacional regulamentado e, ao contrário de outras carreiras, não receberam qualquer tipo de gratificação nos últimos anos. A luta pela valorização dos(as) funcionários(as) de escola, essenciais para o processo de ensino-aprendizagem, é um dos pontos centrais da Campanha Salarial da APP. Além de estender o reajuste do Piso do Magistério – de 14,95% – defendemos a reestruturação da carreira nos moldes da tabela dos agentes QPPE. O Sindicato também trava uma campanha permanente para revogar a desastrosa terceirização, pela recomposição das carreiras e a imediata realização de concursos públicos. Sem agente a escola para! ---------- APP Sindicato