A privatização da Copel ameaça a qualidade dos serviços de energia no Paraná

Blog do Esmael Morais - Apagão em Pelotas (RS) já dura 5 dias, sem resposta de empresa privatizada ------- A privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) tem gerado intensos debates e preocupações sobre os rumos do setor energético no estado. Defensores da venda da estatal argumentam que a iniciativa trará maior eficiência e investimentos, mas há fortes razões estratégicas para manter a empresa como pública. A privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) tem gerado intensos debates e preocupações sobre os rumos do setor energético no estado. Defensores da venda da estatal argumentam que a iniciativa trará maior eficiência e investimentos, mas há fortes razões estratégicas para manter a empresa como pública. Além disso, o deputado disse que as ações da Copel e da Eletrobras não apresentaram evolução típica de empresas em fase de privatização, indicando que o mercado também não acredita no “milagre da pauta vencida” propagado pelos defensores da venda. --------- Os motivos estratégicos para manter a COPEL pública---- 1 - Controle estatal e interesse público: A manutenção da COPEL como empresa pública é crucial para garantir que a energia, um recurso essencial à sociedade, permaneça sob o controle e interesse do Estado. Isso significa que as decisões relacionadas à geração, distribuição e preço da energia serão tomadas considerando o bem-estar da população, e não apenas objetivando o lucro de acionistas privados. 2 - Tarifas módicas: A COPEL, enquanto estatal, tem o compromisso de fornecer energia a preços justos e acessíveis, especialmente para a população de baixa renda. A privatização poderia levar a aumentos significativos nas tarifas, prejudicando os mais vulneráveis. 3 - Qualidade de serviço: A eficiência reconhecida da COPEL é resultado de investimentos em infraestrutura e tecnologia. Manter a empresa pública permite que o Estado continue aprimorando a qualidade dos serviços prestados, beneficiando os consumidores com energia confiável e de alto padrão. 4 - Valorização do patrimônio público: A COPEL é um patrimônio do povo paranaense, e sua privatização seria uma perda irreparável. Empresas estatais têm o potencial de gerar dividendos para o Estado, impulsionando a economia e contribuindo para o desenvolvimento social. 5 - A Copel é a única fonte pública de energia barata e renovável no Paraná, desempenhando um papel fundamental para garantir condições de vida melhores para a população. Privatizar a Copel seria um equívoco, pois as evidências apontam que a participação popular e a fiscalização exercida por entidades como centrais sindicais, movimentos populares sérios e parlamentares são essenciais para evitar possíveis maracutaiais e assegurar a transparência no processo de privatização. Exemplos passados, como o caso da vitória popular em 2001 contra as tentativas de privatização da Copel, demonstram que a luta nas ruas intimida os especuladores e políticos desonestos que buscam lucros bilionários. Uma das principais preocupações em relação à privatização da Copel é o possível aumento das tarifas de energia elétrica, prejudicando a população mais carente. Empresas privadas, com fins lucrativos, geralmente buscam maximizar seus ganhos, o que pode resultar em aumentos expressivos nas tarifas. Manter a Copel como uma empresa pública possibilita a adoção de políticas tarifárias mais justas e equilibradas, levando em consideração o interesse público e a acessibilidade dos consumidores. Além disso, a eficiência reconhecida da Copel no fornecimento de energia elétrica é um indicativo de que a estatal é capaz de garantir qualidade de serviço e continuidade no fornecimento. Aqueles que apoiam a privatização da Copel podem apresentar argumentos baseados na eficiência e na atração de investimentos, porém, é necessário desmitificar esse processo de liquidação do patrimônio público. Os relatos do Fórum Popular em Defesa da Copel mencionam denúncias de ameaças veladas e abertas a empregados, assim como tentativas de cercear a liberdade de expressão, contrariando a Constituição Federal. Esses relatos ressaltam a importância de uma fiscalização rigorosa e do engajamento da sociedade na defesa da estatal. Ademais a existência de denúncias protocoladas nos órgãos competentes demonstra que as irregularidades não serão deixadas impunes. Portanto, a privatização da Copel representa uma ameaça ao controle estatal, às tarifas módicas, à qualidade de serviço e à eficiência reconhecida da empresa. É fundamental que a população, movimentos sociais e parlamentares estejam atentos e engajados nessa luta. A transparência, a participação popular e a fiscalização são pilares essenciais para evitar maracutaiais e garantir que a energia no Paraná continue sendo um patrimônio público acessível e de qualidade. Nesse debate em defesa da Copel Pública, surgiu um vídeo sobre o apagão que já dura cinco anos no município de Pelotas (RS), onde o serviço foi privatizado em favor da “CEEE Equatorial”. De acordo com a denúncia, não há previsão para a volta do serviço de energia.