Presidente do conselho do Bradesco, Trabuco diz que Brasil tem "novo projeto de país" e elogia Congresso e governo

Luiz Carlos Trabuco (Foto: World Economic Forum/Benedikt von Loebell) ------- Luiz Carlos Trabuco elogia o Congresso "maduro" e o governo "hábil e disponível" e diz esperar "um salto consistente de eficiência e qualidade" na economia -------- 247 - Presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi afirma em artigo publicado no Estado de S. Paulo nesta segunda-feira (31) que "o Brasil está no limiar de voltar a ser aquele país que tem no futuro o seu principal ativo". Ao longo do texto, ele elogia "o conjunto de medidas encaminhadas, em preparação ou em fase de estudos", entre elas reforma tributária e arcabouço fiscal, que indicam "a possibilidade de que a economia é capaz de dar um salto consistente de eficiência e qualidade" no segundo semestre de 2023. "O avanço dessa agenda poderá premiar o País com um ritmo de desenvolvimento mais adequado a suas potencialidades, em bases modernas", diz. Trabuco também elogia o diálogo entre o Congresso Nacional e o governo Lula (PT). "Temos um Congresso maduro e consciente de que é preciso modernizar o País, quando as lideranças separam o que é permanente (matérias que atravessam os mandatos) do que é transitório na definição das agendas de votação. Em que pesem as fricções naturais do jogo político, o Congresso não se furta a conversar e negociar com um Executivo que, por sua vez, revela-se hábil e disponível". Para ele, o arcabouço fiscal, "que permite um controle mais rigoroso das despesas", e a reforma tributária, "que simplificou e reduziu o número de impostos", são os "pilares mestres desse novo projeto de país". Ele ainda cita o novo marco de garantias, "que dará mais segurança às operações de crédito" e a transição para uma economia verde, de baixo carbono, que "coloca o Brasil na vanguarda do mundo". Trabuco também lembra da melhora na classificação de risco do Brasil e da previsão de um crescimento do PIB do Brasil na casa de 2% em 2023. O banqueiro menciona ainda a taxa básica de juros (Selic). De acordo com ele, é "quase unânime" a avaliação de que ela já pode ser reduzida. "Entre os desafios à frente, o ponto fundamental é a questão da Selic. É igência, após um longo ciclo de altas que começou em 2021. Vivenciamos o ápice do aperto monetário".