Carla Zambelli teria lavado dinheiro com doações ao movimento Nas Ruas, aponta Coaf

Carla Zambelli com Jair Bolsonaro. Marcos Corrêa/ PR ------- Carla Zambelli recebeu R$ 197,8 mil em doações para a Associação Movimento nas Ruas entre fevereiro de 2017 e julho de 2019 com indícios de lavagem de dinheiro, diz relatório do Coaf enviado à CPMI dos Atos Golpistas. ------ Ré no Supremo Tribunal Federal (STF) por perseguição armada e envolvida nas denúncias de Walter Delgatti, o hacker de Araraquara, que teria sido contratado por ela para incluir um falso mandado de prisão contra Alexandre de Moraes, Carla Zambelli tem mais um motivo para se preocupar e para explicar à Justiça. Álbum de figurinhas: quais bolsonaristas são investigados ou se tornaram réus e podem ser presos Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras. o Coaf, enviado à CPMI dos Atos Golpistas revela que a deputada bolsonarista pode ter usado o movimento Nas Ruas, fundado por ela durante o processo de golpe contra Dilma Rousseff (PT), para lavar dinheiro por meio de doações de apoiadores. Reportagem da CNN Brasil, que teve acesso ao documento, mostra que Carla Zambelli recebeu R$ 197,8 mil em doações para a Associação Movimento nas Ruas entre fevereiro de 2017 e julho de 2019, quando ela já era parlamentar. “Carla Zambelli Salgado, atualmente deputada federal de São Paulo, utilizando sua conta PayPal pessoal para receber doações em favor da Associação Movimento nas Ruas. Carla é fundadora da Associação. Visto que a conta PayPal deve ser utilizada para movimentação de recursos próprios, concluiu-se que as doações recebidas na conta PayPal da sra. Carla caracterizam movimentação de recurso de terceiro, podendo indicar suspeita de lavagem de dinheiro”, diz o relatório. O relatório foi enviado à CPMI após quebra de sigilo telefônico, telemático e financeiro da parlamentar pedido pela relatora, a senadora Eliziane Gama. A quebra de sigilo foi feita diante das revelações de Delgatti à CPMI, que afirmou que Carla Zambelli foi intermediadora de encontros dele com Jair Bolsonaro (PL), que o teria contratado para tentar provar a fake news sobre fraude nas urnas eletrônicas.