Médicos Sem Fronteira pede cessar-fogo imediato para acabar com derramamento de sangue em Gaza

Bombardeios israelenses atingiram um nível nunca visto antes, e população não tem onde se proteger ---------- Médicos Sem Fronteiras (MSF) pede um cessar-fogo imediato para evitar mais mortes em Gaza e permitir a entrada de suprimentos humanitários extremamente necessários. Desde sexta-feira, dia 27 de outubro, os bombardeios das forças israelenses se intensificaram a um nível nunca visto até agora: o norte de Gaza está sendo devastado, enquanto toda a Faixa de Gaza está sendo atingida e os civis não têm onde se proteger. As ações dos líderes mundiais têm sido muito fracas e muito lentas, já que uma resolução não vinculante aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para um cessar-fogo não contribuiu em nada para controlar a violência indiscriminada desencadeada contra um povo indefeso. A comunidade internacional deve tomar medidas mais enérgicas para instar Israel a interromper o derramamento de sangue. As pessoas estão sendo mortas e deslocadas à força de suas casas, e a água e o combustível estão acabando. A atrocidade está em uma escala nunca vista antes em Gaza. saúde e instalações devem ser protegidos o tempo todo. "Pessoas indefesas estão sendo submetidas a bombardeios terríveis. As famílias não têm para onde correr ou se esconder enquanto o inferno é lançado sobre elas. Precisamos de um cessar-fogo agora", diz Christos Christou, presidente internacional de MSF. "Água, alimentos, combustível, suprimentos médicos e a ajuda humanitária em Gaza precisam ser restaurados com urgência." Milhões de homens, mulheres e crianças estão enfrentando um cerco desumano, uma punição coletiva que é proibida pelo Direito Internacional Humanitário. "Estamos prontos para aumentar nossa capacidade de ajuda em Gaza. Temos equipes de prontidão, prontas para enviar suprimentos médicos e entrar em Gaza para apoiar a resposta médica de emergência, assim que a situação permitir", diz Christou, presidente internacional de MSF. "Mas, enquanto os bombardeios continuarem com a intensidade atual, qualquer esforço para aumentar a ajuda médica será inevitavelmente insuficiente."