Texto do Brasil na ONU sobre guerra entre Israel e Hamas é discutido por países

Sergio Franca Danese, do Brasil, conversa com a delegação antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU — Foto: Andrew Kelly/Reuters ------ Publicado por Yurick Luz - DCM ------- Os representantes diplomáticos dos países que compõem o Conselho de Segurança da ONU estão atualmente envolvidos em discussões sobre uma proposta de resolução apresentada pela delegação brasileira. A informação foi divulgada pelo G1. A resolução proposta pelo Brasil aborda vários pontos importantes, incluindo uma condenação das ações do Hamas em relação a seus ataques contra Israel. O texto brasileiro também solicita a revogação da ordem israelense para que civis e funcionários da ONU na Faixa de Gaza do Norte se desloquem para o sul de Gaza, sem mencionar especificamente Israel. Além disso, a proposta brasileira destaca a necessidade de pausas humanitárias para permitir o acesso à ajuda. Embora a resolução elaborada pela comitiva brasileira tenha uma probabilidade maior de ser aprovada, ainda não foi submetida a votação. Espera-se que a votação ocorra nesta terça-feira (17). Já proposta escrita pelos diplomatas russos foi recentemente rejeitada pelo Conselho de Segurança na segunda-feira (16). Inicialmente, o Conselho de Segurança planejava votar tanto a proposta brasileira quanto a proposta russa na segunda-feira. No entanto, a embaixadora dos Emirados Árabes solicitou mais tempo para negociar os termos das resoluções a portas fechadas.
Escombros de um dos prédios destruídos em ataque aéreo de Israel na Faixa de Gaza. Foto: Reprodução -------------- Quando a votação ocorreu, o texto russo foi rejeitado, com Estados Unidos, Reino Unido e França, membros permanentes do Conselho de Segurança, votando contra a proposta russa. O resultado final foi o seguinte: 5 votos a favor, 4 contra e 6 abstenções. A proposta russa não mencionava o Hamas e pedia um cessar-fogo humanitário, argumentando que Israel tinha o direito de se defender, o que incluía a possibilidade de atacar o Hamas na Faixa de Gaza. A representante dos EUA expressou preocupação de que o texto “dá proteção ao grupo terrorista que brutaliza civis inocentes ao não condenar o Hamas na resolução”. No dia 7 de outubro, o Hamas invadiu o território israelense e matou cerca de 1.400 pessoas. No mesmo dia, Israel declarou guerra ao Hamas e começou a bombardear a Faixa de Gaza, um território que o Hamas controla. Os bombardeios do Exército israelense lançados em retaliação contra a Faixa de Gaza deixaram pelo menos 2.750 mortos, a maioria civis, e entre eles centenas de crianças, segundo as autoridades locais.