Prates diz que seguirá à risca determinações de Lula sobre transição energética

Lula e Jean Paul Prates (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Tomaz Silva/Agência Brasil | Paulo Whitaker/Reuters) ---- Presidente da Petrobras tem sido cobrado a gerir a empresa de acordo com o programa de governo do presidente ----- 247 – O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou seu compromisso em aderir integralmente às diretrizes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para posicionar o Brasil como protagonista na transição energética global. Este compromisso foi formalizado durante uma reunião entre os líderes nesta terça-feira, na qual discutiram o plano de negócios da empresa, a ser avaliado pelo Conselho de Administração amanhã. Prates enfatizou a importância da transição energética, destacando que a Petrobras, como uma empresa estatal brasileira, está comprometida em seguir as regras de governança, atender às demandas da sociedade e cumprir os procedimentos estabelecidos. Durante sua participação no evento "A neoindustrialização e a transição energética brasileira", promovido pelo jornal O Globo, no Rio de Janeiro, o presidente da Petrobras reiterou o papel crucial da empresa nesse processo de transformação da sociedade. No entanto, a busca por investimentos em projetos de transição energética, como hidrogênio verde e eólicas em alto-mar, gerou divergências no conselho da Petrobras e no governo. Apesar disso, Prates defendeu os investimentos em projetos de eólicas offshore, ressaltando a necessidade de preparação para o futuro, mesmo que os resultados demandem tempo para se concretizar. Contudo, a gestão de Prates enfrenta críticas, com relatos de ministros, como Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), buscando sua substituição na presidência da Petrobras. Além das preocupações com a política de preços dos combustíveis, que não têm refletido a redução do petróleo no mercado internacional, os ministros questionam a alocação de recursos em projetos de longo prazo. Essa situação sinaliza não apenas desafios no setor energético, mas também questões políticas e econômicas envolvendo a estratégia governamental para o desenvolvimento do país. O presidente da Petrobras tem sido cobrado a gerir a empresa de acordo com o programa de governo do presidente, com maiores investimentos e maior conteúdo nacional. Além disso, o governo defende reduções nos preços e mudança na política de distribuição de dividendos.