A festa da impunidade no Estado do Paraná

Acordos, sigilos, arquivamento de denúncias e mídia bem paga para não tornar públicos os indícios de corrupção institucional --------- POR: REQUIÃO FILHO --------- O ano de 2023 ficará marcado pelo “começo do fim”. É o início do último mandato de Ratinho Jr., manchado por denúncias e escândalos de conchavos políticos, que levou o Governador a ter suas decisões questionadas, uma após a outra, mesmo blindado pela mídia. Ao lado da oposição, fizemos o contraponto a tudo que víamos como prejudicial ao nosso povo, o sucateamento do Estado, o descaso com o serviço público, e, ainda assim, seguimos firmes lutando ao lado daqueles que mais precisam da nossa constante vigilância. E mesmo num ano conturbado, de tantos escândalos, o governador ainda decidiu aumentar o ICMS, em uma decisão que contrariou a todos, inclusive às federações de indústria, comércio e de pequenos e médios empresários do Paraná. Decidiu aumentar a alíquota desse imposto, fundamentado numa lei federal que sequer havia sido aprovada e, muito menos, se sabe o real impacto, puramente para terem um acréscimo pomposo no orçamento público e cobrir o rombo no caixa que estão provocando. Recordes? Só se for de má gestão! Você, leitor, acredita ser necessário cobrar mais do povo, num Estado que diz estar de bolsos cheios, e estampar nas manchetes que cada vez mais, está com as finanças em dia? Faz sentido? Ainda mais quando o governador garante BILHÕES em isenção fiscal para grandes empresas de seus amigos? Fomos contra, brigamos, tentamos negociar, mediar, mas nada… não tem conversa com o Ratinho! secretaria que fez o edital da loteria e, posteriormente, ganharam, sem concorrentes. Neste caso, os técnicos do Tribunal de Contas do Paraná reconheceram que a empresa que ganhasse, seria por "sorte ou direcionamento licitatório”, …de tão mal feito e direcionado o Edital. E o que o MP fez? Engavetou a denúncia. andamento aguardando o governo deixar sua base votar, como aquele que garante transparência total dos gastos do executivo, ou aquele que proíbe empresas de doadores de campanha trabalharem para o Estado. Fizemos audiências públicas sobre cozinhas comunitárias, mobilidade urbana, dívida pública, fizemos a defesa do pagamento da data-base dos servidores paranaenses que, hoje, já está defasada em 42%, e fomos contra o aumento da passagem de ônibus em Curitiba. Pedimos informações ao governo sobre o novo sistema de transparência que, de transparente, não tem nada! Defendemos o enfrentamento à violência nas escolas, denunciamos o desmonte e terceirização dos serviços públicos. Alardeamos sobre o perdão da dívida das pedageiras pelo Ratinho Jr e cobramos respostas sobre o monitoramento das represas e barragens no Paraná, que está parado faz tempo. Sugerimos implantar o protocolo de proteção às mulheres no Paraná, inspirado pelo protocolo espanhol que prendeu o jogador Daniel Alves, e defendemos servidores públicos e policiais civis em suas modificações de carreiras e unificações propostas pelo governo. Estivemos aqui, sempre, para defender o bom combate, em nome de cada um que depositou sua confiança no nosso trabalho, e para convencer aqueles descrentes, de que o caminho que o Paraná precisa, passa pela transparência, pelo combate à corrupção. Contem conosco! Um abraço, um Feliz Natal e um ótimo Ano Novo. Requião Filho. Deputado Estadual do Paraná --------------- (FOTO: VALDIR AMARAL / ALEP)