Gleisi detona a Folha após ser acusada de “linchamento virtual” pelo jornal

A presidente nacional do PT e deputada Gleisi Hoffmann (PR). Foto: Lula Marques/Agência Brasil ----- Publicado por Caique Lima - DCM ------- A presidente nacional do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) detonou a Folha de S.Paulo por acusá-la de promover “linchamento virtual” de jornalista, fazer “críticas destemperadas à imprensa” e “imputar fake news” contra o veículo. A petista argumenta que apenas apontou “falácias de editoriais do jornal” e que a imprensa “não pode ficar imune a críticas”. “Hoje a Folha publica artigo, com chamada de capa, acusando-me de fazer ‘críticas destemperadas à imprensa’. Não traz argumentos para contestar as respostas que dei a falácias de editoriais do jornal. Só desqualificações pessoais que nem vou considerar. Nós do PT divergimos, sim, do neoliberalismo econômico que a Folha prega em seus editoriais, pois trava o crescimento do país, a geração de emprego e renda. Nunca escondemos isso”, escreveu Gleisi em seu perfil no X (ex-Twitter). A resposta da parlamentar é ao texto “A birra do PT”, escrito pela colunista Lygia Maria na Folha. Segundo a publicação, o partido “acirra polarização com ataque infantil à imprensa” e “dá continuidade ao método” dos ex-presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump de “desvalorizar a função social da imprensa só porque não quer ser contrariado”. Gleisi afirma que entende qual é o papel da imprensa em uma democracia, mas que os editorialistas da Folha não sabem qual é o papel dos partidos e seus dirigentes no país. “Entendemos, sim, o papel da imprensa numa democracia. É tão relevante que não pode ficar imune a críticas nem ficar de birra quando elas são feitas. O que não deve estar claro para os editorialistas da Folha é o papel dos partidos políticos e seus dirigentes. Partidos têm propostas para o país; têm o direito e o dever de defendê-las, na sociedade, no parlamento e também na imprensa, quando há espaço para isso”, prossegue. A parlamentar ainda lembra que “ninguém tem o monopólio da verdade” em uma democracia.