Pedágio do Paraná será o mais caro do país, e a culpa é do governo Ratinho Jr

Ágide Meneguette com Ratinho Jr. antes do rompimento. Foto: Facebook ---------- Presidente da Faep critica modo como governo Ratinho lidou com fim do pedágio --------- Ágide Meneguette diz que seria possível reduzir tarifas em pelo menos 30%, mas Sandro Alex teria recusado ideia ------------ Por Rogerio Galindo / Site Plural ------------ Presidente da Faep critica modo como governo Ratinho lidou com fim do pedágio O presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, criticou duramente o governo de Ratinho Jr. (PSD) pelo modo como lidou com o fim dos contratos de pedágio. Segundo ele, em entrevista para um programa de rádio, o governo poderia ter conseguido baixar o preço das tarifas das antigas concessionárias entre 30% e 50%, mas preferiu tomar outro caminho. A entrevista foi concedida por Meneguette, principal liderança do agronegócio paranaense, ao programa Ponto de Vista, apresentado por João Barbiero, na Rede de T de rádios, em 2 de dezembro. Agora, um recorte da entrevista, em que Meneguette fala do pedágio, começou a circular na Internet. Ágide Meneguette diz que a Faep conversou com todas as seis concessionárias de pedágio que eram responsáveis pelo serviço até 2021, ano em que o contrato iniciado no governo Jaime Lerner, em 1998, se encerrou. Todas elas disseram que aceitariam reduções de pelo menos 30% para continuar fazendo manutenção e obras nas estradas, caso Ratinho topasse prorrogar o contrato por mais três anos. Algumas falaram em baixar a tarifa em 50%. A proposta, segundo o presidente da Faep, foi levada ao secretário de Infraestrutura de Ratinho, o deputado federal Sandro Alex (PSD), mas teria sido ignorada. O governador preferiu encerrar os contratos em 2021 e deixar as cancelas abertas, sem pedágio, por um ano, em 2022 – ano em que disputaria a reeleição. Depois, publicou um edital para contratação de novas concessionárias. Ágide Meneguette disse ainda não entender como o governo conseguiu abrir uma concorrência tão grande e atrair apenas um interessado por lote. (O trecho entre Curitiba e as praias, na BR-277, se encaixa nessa situação, com apenas uma proposta apresentada.) “Onde você já ouviu falar, no mundo, que você faz um leilão e só aparece um candidato?”, diz ele. A Faep atualmente está rompida com o governo, e saiu do grupo conhecido como G7, que reunia sete organizações representativas do estado para dialogar com o governo.