Uma paranaense ajudou a abortar o Golpe de Estado de 8/1

A paranaense Janja ao lado de Lula e em meio a autoridades durante visita aos prédios depredados pelos golpistas. Créditos: Ricardo Stuckert/PR ---------- "Janja que invalidou: não aceita a GLO porque é tudo que eles querem", diz Lula sobre 8/1 ------- Presidente destacou o papel da socióloga ao alertar para a convocação dos militares em meio aos atos golpistas de 8 de Janeiro. Plano de bolsonaristas era cooptar cúpula das Forças Armadas. ------- Passado 1 ano da tentativa de golpe no fatídico 8 de Janeiro de 2023, tornou-se consenso entre autoridades e investigadores que o maior acerto do governo foi a negativa de Lula sobre a convocação da Garantia da Lei e da Ordem, a chamada GLO, uma ação militar decretada pelo presidente para que militares das Forças Armadas assumam o comando da segurança pública. Neste domingo (7), Lula revelou em documentário de Julia Duailibi, exibido em parte no Fantástico, da TV Globo, que partiu da socióloga Rosângela Silva, a Janja, a sugestão de não acionar os militares para reprimir a ação dos golpistas que destruíam as sedes do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto. "Inclusive foi a Janja que invalidou: 'Não aceita a GLO porque GLO é tudo que eles querem. É tomar conta do governo'. Se eu dou autoridade pra eles, eu tinha entregado o poder pra eles", disse Lula no documentário. "Eu tomei a decisão, falei pro Flávio Dino: 'Vamos fazer o que tiver que fazer, não tem GLO'", emendou o presidente. A versão é confirmada ainda por Edinho Silva, prefeito de Araraquara, no interior paulista, onde o presidente estava juntamente com Janja no momento dos atos golpistas. "Quando se abre o debate da GLO, a Janja, que está sentada, fica em pé e diz: GLO não. É entregar para os militares", conta Edinho, que já atuou como ministro das Comunicações no governo Dilma Rousseff.