"Bolsonaro vai ser preso? Sim. Quando? Depende dele", diz Reinaldo Azevedo

Reinaldo Azevedo e Bolsonaro (Foto: Reprodução/Youtube | REUTERS/Carla Carniel) ------------- "Como diria o velho Brizola, o bicho está costeando o alambrado, ameaçando romper a cerca", afirma o jornalista ------ 247 - Em artigo publicado no UOL nesta quarta-feira (14), o jornalista Reinaldo Azevedo crava: "Jair Bolsonaro vai ser preso. Poucas coisas são tão certas como o conteúdo dessa afirmação". "A questão é saber quando", avalia. Para ele, depende do próprio Bolsonaro a data de sua condenação à prisão: "como diria o velho Leonel, o Brizola, o bicho está costeando o alambrado, ameaçando romper a cerca — só que, nesse caso, não é a que o separa do terreno do vizinho, mas a que o distancia, por ora, da cadeia". A manifestação convocada por Bolsonaro para o próximo dia 25 na Avenida Paulista poderá ser um tiro no pé, afirma Azevedo. "Bolsonaro tem um histórico de ataques às instituições. Os crimes pelos quais é investigado agora se deram de forma reiterada ao longo de quatro anos de mandato. Ele é um investigado. Tenta usar em relação aos processos a que responde na área criminal a mesma tática antes empregada inutilmente contra o Supremo e o TSE: gente na rua. A suposição: se muitos milhares aparecerem, os magistrados vão se intimidar. Mas pensem um pouco: algo que se apresenta desse modo tem um conteúdo silencioso. É como se dissesse: 'Ou fazem como queremos, ou haverá desordem'. (...) Trata-se de um ato contra o Supremo e contra o TSE. Mas ele pretende lavar a sua natureza com uma suposta defesa do 'estado democrático de direito'. Proibiu faixas porque não pode ser fotografado ou filmado liderando pregações golpistas, que é o que efetivamente desejavam e desejam ele e seus fanáticos. Nesse caso, a prisão preventiva sairia num estalar de dedos". O objetivo da manifestação bolsonarista será, conforme avaia o jornalista, "constranger o Supremo". "O chefe da zorra toda segue firme no seu intento de cassar as prerrogativas do STF, como fazia, aliás, quando presidente".