Com apoio do Brasil, ONU aprova resolução para barrar venda de armas a Israel

Conselho de Segurança da ONU. Créditos: Loey Felipe / ON ---------- A resolução ainda "condena o uso da fome de civis como método de guerra", pede um cessar-fogo imediato, a libertação de reféns e "condena as ações de Israel que podem equivaler a limpeza étnica". ----- por Plinio Teodoro -Revista Forum ----- O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira (5) uma resolução que orienta todos os Estados-membros a cessarem a “venda, transferência e desvio de armas, munições e outros equipamentos militares para Israel". O texto, apresentado pelo Paquistão em nome dos 55 Estados-membros das Nações Unidas na Organização de Cooperação Islâmica, foi aprovado por 28 países. Outros seis votaram contra e foram registradas 13 abstenções. A proposta foi aprovada com forte apoio do governo Lula, que mudou a posição do Brasil em relação à diplomacia de Jair Bolsonaro, sempre pró-Israel. Essa foi a primeira participação do país em uma discussão como membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU. ----------------------------------------------------
ISRAEL DESTRÓI BAIRRO DO BRASIL NA FAIXA DE GAZA ---- por Yuri Ferreira -Revista Forum ---- O bairro Al-Brasil contava com zoológico, campo de futebol, casas importantes, e serviu de refúgio para diversos palestinos que fugiram da Guerra dos Seis Dias em 1967. Mas um relatório de 2004 da Human Rights Watch já mostrava a destruição de al-Brasil pelas forças israelenses. Nos últimos meses, diversos edifícios da vizinhança foram destruídos e o bairro, que anteriormente era um símbolo da cidade mais ao sul da Faixa de Gaza, agora se tornou apenas mais um campo de refugiados debaixo de tendas fugindo das bombas israelenses. Mapas mostram que toda a região de al-Brasil e bairros próximos já foi bombardeada. São mais de 1,2 milhão de pessoas presas em Rafah e encurraladas por Israel por oeste, leste e norte. Ao Sul, o Egito constrói um segundo muro para evitar a passagem de refugiados para seu território. Os EUA e Israel ajustam detalhes sobre a invasão por terra da cidade, temida por diversos observadores internacionais como um possível massacre de proporções nunca vistas no século XXI. E o governo Netanyahu reafirma diariamente seu compromisso em seguir com o genocídio.