Deputado fica indignado com a volta do velho pedágio no Paraná

Blog do Esmael Morais ------- O deputado Arilson Chiorato, presidente do PT-PR, não escondeu sua indignação na Assembleia Legislativa do Paraná, criticando veementemente o que ele considera ser uma reincidência dos problemas históricos associados à cobrança de pedágios no estado. Segundo Chiorato, o modelo atual, embora apresentado como novo, não passa de uma versão disfarçada do antigo sistema, falhando em cumprir as promessas de tarifas reduzidas e impondo custos mais elevados ao transporte de cargas, o que, por sua vez, afeta diretamente o custo de vida dos paranaenses. Este debate voltou com força em meio a um cenário político frequentemente turbulento, onde a questão dos pedágios no Paraná ressurge como um ponto de inflamação entre os representantes do povo e as autoridades governamentais. As cancelas de pedágio voltaram a cobrar pela passagem de veículos no último dia 23 de março. Desde o início das cobranças uma série de falhas é apontada pelos motoristas, como demora excessiva nas praças, altos valores das tarifas e ausência de obras. O secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, defendeu o modelo adotado. Chiorato aponta o dedo para figuras de alto escalão, como o governador Ratinho Junior (PSD), o ex-ministro Tarcísio de Freitas e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), referindo-se a eles como os “pais do pedágio” no Paraná. Ele expressa uma mistura de conquistas e frustrações ao mencionar os avanços alcançados durante o governo Lula, mas lamenta que ainda existam muitas falhas a serem corrigidas. O deputado petista reforça o compromisso de fiscalização do processo, enfatizando a determinação em proteger os cidadãos de mais três décadas de prejuízos. Em sua fala na ALEP, Chiorato revela um esforço para esclarecer a posição da ANTT, uma agência federal de regulação, e sua independência operacional, destacando a eleição de seu presidente Rafael Vitali por indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Chiorato busca desmistificar a noção de que a ANTT, ao representar o governo, estaria em concordância com todas as decisões tomadas, uma estratégia que ele compara à defesa de altas taxas de juros pelo presidente do Banco Central. O governo Lula é contra a taxa de juros, enquanto o presidente do BC Roberto Campos Neto empunha a bandeira dos juros exorbitantes – distinguiu o parlamentar. --------- Economia--- De acordo com o deputado Arilson, é preciso deixar claro que o pedágio do Paraná não foi planejado pelo Governo Lula. “Às vezes deixam a entender que tudo aqui é uma parceria, com 100% de concordância do Governo Federal, e não é. Mudamos o que foi possível”, frisa. O deputado Arilson também deixou claro seu posicionamento contrário ao modelo do pedágio. “Eu votei contra o novo pedágio e as emendas que eu propus, que corrigiam algumas mazelas, infelizmente, não passaram. Além da “matemágica”, precisam explicar, com números reais, como o pedágio não aumentou, porque quem paga pedágio, sabe que ficou mais caro. As tarifas não baixaram 70%, e sim 70 centavos, mas aumentou 27 praças. É só fazer a matemática, de verdade”.