México rompe relações diplomáticas com o Equador após invasão de embaixada em Quito

Presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador (Foto: REUTERS/Daniel Becerril) ----------------- López Obrador confirmou que a polícia do Equador entrou à força na embaixada e prendeu o ex-vice-presidente Jorge Glas --------------- 247 - O governo do México anunciou na noite desta sexta-feira (5) a suspensão das relações diplomáticas com o Equador após a invasão das forças policiais à embaixada mexicana em Quito para sequestrar o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, a quem foi concedido asilo político, informa a Telesur. O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, em uma mensagem publicada na rede social X, informou que deu ordens à chanceler Alicia Bárcena para que "proceda legalmente e imediatamente declare a suspensão das relações diplomáticas com o governo do Equador". "Acabo de ser informado por Alicia Bárcena, nossa secretária de Relações Exteriores, que a polícia do Equador entrou à força em nossa embaixada e prendeu o ex-vice-presidente daquele país, que estava refugiado e solicitando asilo devido à perseguição e assédio que enfrenta", escreveu o presidente em sua mensagem. "Isso representa uma violação flagrante do direito internacional e da soberania do México, motivo pelo qual instruí nossa chanceler a emitir um comunicado sobre este ato autoritário, agir legalmente e imediatamente declarar a suspensão das relações diplomáticas com o governo do Equador". A chanceler mexicana anunciou ainda na mesma noite que "em consulta com o presidente López Obrador, diante da flagrante violação da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e dos danos sofridos pelo pessoal diplomático mexicano no Equador, o México anuncia o imediato rompimento das relações diplomáticas com o Equador". Minutos antes, a Presidência do Equador havia emitido um comunicado justificando a invasão da embaixada mexicana, alegando abusos "das imunidades e privilégios" concedidos à missão diplomática que abrigava Jorge Glas, que é acusado pelo governo do presidente Daniel Noboa por supostos atos de corrupção.