Tony Garcia volta ao local onde grampeou Moro (Foto: Eduardo Matysiak)
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Em publicação nas redes sociais, Garcia critica a postura de Cid e de seu advogado, apontando inconsistências em sua delação
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247 - Em uma postagem incisiva no X, o empresário Tony Garcia fez duras críticas à atuação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e de seu advogado. Segundo Garcia, o comportamento da dupla estaria "debochando da Polícia Federal (PF) e do Supremo Tribunal Federal (STF)", em razão das constantes mudanças de versão apresentadas por Cid em sua delação premiada.
“Mauro Cid continua debochando da @policiafederal e do @STF_oficial ora incriminando Bolsonaro ora inocentando-o”, afirmou Garcia na publicação. A mensagem, que já repercute nas redes sociais, sugere que as idas e vindas de Cid estariam desmoralizando as instituições e enfraquecendo a própria delação.
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Crítica ao sistema de delações
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O empresário, que diz ter experiência nos bastidores de investigações judiciais, comparou a estratégia de Mauro Cid com práticas que ele teria presenciado durante o período em que esteve sob investigação da Operação Lava Jato. “Durante os quase 20 anos que fui sequestrado e feito refém de Moro @SF_Moro, Deltan @deltanmd e súcia curitibana, os ‘pais’ das delações no país, presenciei inúmeros delatores usarem a mesma estratégia de Cid quando deixavam a prisão.”
Garcia também chamou a atenção para o que acredita ser o verdadeiro papel de Mauro Cid nesse contexto: "Cid é o cavalo de Troia dos milicos. Alertei sobre isso, logo após o proposital vazamento de conversas dele próprio, 'denunciando ser obrigado' pelo delegado responsável pelo inquérito, 'envolver' Bolsonaro em crimes a mando do ministro @alexandre."
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Impactos nas investigações
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Para Tony Garcia, a postura de Mauro Cid e seu advogado vai além da autodesmoralização, afetando diretamente o trabalho das instituições e fornecendo munição para ataques às mesmas. “Vou além: cada vez que Cid é intimado pela PF para dizer ou desdizer, o que ele ou seu advogado disseram ou desdisseram, desmoraliza toda a imprensa e dá munição enorme para a ofensiva contra as instituições”, criticou.
Ele ainda sugere que as ações do ex-ajudante de ordens e de seu defensor configurariam obstrução de justiça: “Cid deveria estar preso junto com seu advogado. O que fazem, por vias transversas, é obstrução de justiça.”