Os meios de comunicação ocidentais são fundamentais na deflagração de guerras. Em todas as guerras recentes tivemos a participação da imprensa preparando o terreno antes do conflito armado, enganando a opinião pública sobre os reais motivos que levam países imperialistas a massacrarem pequenos países que não se submetem à "nova ordem" mundial. Isso já foi constatado por Julian Assange, um jornalista covardemente preso pelo governo da Inglaterra a serviço do governo norte-americano.
Essa preparação da opinião pública ficou provada na guerra do Iraque, com as falsas notícias das armas de destruição em massa; no Afeganistão com a demonização do Talibã, um grupo criado e armado pelo governo dos EUA; na Líbia onde Kadafi virou ditador - nas palavras de mídia corrupta e subserviente - antes da guerra de ocupação que destruiu a infraestrutura e fragmentou o país.
Agora a "bola da vez" é a possibilidade da Rússia invadir a Ucrânia. Um factóide criado pelo Pentágono para tentar criar uma guerra mundial a partir da Ucrânia para enfraquecer a economia russa, enquanto a economia norte-americada entra numa decadência jamais vista na história. Aliado incondicional da China, o principal inimigo da economia norte-americana, a Rússia precisa "ser contida", nas palavras de oficiais do Pentágono, isto é, desde de que a conta em milhares de vidas e destruição sejam pagas pelos europeus, claro.
O golpe na Ucrânia que derrubou o governo democraticamente eleito para colocar em seu lugar uma marionete pró-EUA foi financiado por banqueiros internacionais e governos ocidentais. O governo dos EUA tem financiado e enviado armas para terroristas ucranianos que desfilam com bandeiras nazistas em Kiev, promovendo atos terroristas contra ucranianos descendentes de russos na região próxima a Donetsk. A OTAN, a serviço do governo Biden, tenta cercar com bases militares o território russo, numa clara ameaça deflagrada não pela Rússia, mas pela OTAN e o governo dos EUA.
O Pentágono não aceita a posição política e militar russa na Síria, onde o governo Putin impediu a derrota do governo de Bashar Al Assad para ser substituido por extremistas do Estado Islâmico (Daesh), terroristas financiados pelos governos dos EUA, Inglaterra e Israel. A Rússia venceu militarmente as maiores potências militares ocidentais e seus aliados, e isso o Pentágono não perdoa. Ao construir bases militares na Síria a Rússia atrapalha os planos expansionistas de Israel no mundo árabe, algo também inadmissível para os militares do Pentágono e para o governo dos EUA - financiados pelos lobbys sionistas.
O governo dos EUA está confrontando a Rússia na Ucrânia (presidida pelo sionista Volodymyr Zelensky) através de seus aliados, ou melhor, marionetes cúmplices.
Estes são os verdadeiros e reais motivos da farsa da guerra entre Rússia e Ucrânia, amplamente difundida pela mídia ocidental canalha e criminosa.
José Gil
SPUTNIK NEWS -
Ucrânia, para os EUA, é uma ferramenta de contenção da Rússia, diz Putin -
Nesta terça-feira (1º), o presidente russo Vladimir Putin teve uma reunião com o premiê húngaro Viktor Orban, seguida de uma coletiva de imprensa conjunta. Na coletiva, Putin tocou o assunto da crise ucraniana, declarando que a Ucrânia é um instrumento dos EUA usado por eles para atingir seus objetivos, que são não tanto a segurança ucraniana, mas a contenção da Rússia. Para tal, os Estados Unidos tentam envolver Moscou no conflito armado. "Nesse contexto, a mesma Ucrânia é apenas um instrumento para atingir este objetivo. Isso pode ser feito por diversas vias, através de nos envolver em um conflito armado e forçar inclusive seus aliados na Europa a impor as mesmas sanções duras contra nós". O presidente russo constatou a necessidade de achar uma forma de garantir a segurança da Rússia, da UE e da Ucrânia, e expressou esperança de que finalmente a solução do problema das garantias de segurança seja encontrada. Após a reunião com Putin, Viktor Orban disse que, durante as negociações, ele não viu "qualquer intenção de fazer algo hostil" em relação à Ucrânia. Putin também confirmou que a Hungria propôs à Rússia reforçar a cooperação no domínio energético, proposta aceite por Moscou.