Texto de Vinícius Carvalho - -
O governo russo voltou, após alguns anos, a divulgar nessa semana na TV propagandas com a mensagem: "Se você não está pronto para proteger os interesses do seu país com uma arma na mão, então não provoque histeria. Na geopolítica não há lugar para emoções"
Alguns países do ocidente ligados à OTAN, parecem querer demonstrar que uma guerra entre Rússia e Ucrânia é inevitável, não é. Exceto EUA, Canadá e Inglaterra, ninguém quer a guerra, os países do continente europeu, dependentes do gás russo, então nem se fala. Alemanha, o mais poderoso do bloco tem evitado ao máximo declarações neste sentido.
Enquanto isso, a Inglaterra está entupindo os grupos paramilitares ucranianos de armamento, o que não me surpreende.
A Grã-Bretanha passou a sua existência no crime e na imoralidade. Dava títulos de almirante a piratas que roubassem navios mercantes de outros países, depois derrubou um governo legítimo na China para defender os traficantes de ópio, colonizou e dizimou países, praticou genocídio em povos inteiros, ajudou a criar o caos atual no Oriente Médio e não satisfeita, hoje vive de acolher e dar cidadania a criminosos - bilionários, é óbvio - de todas as partes do mundo.
Na sua capital, se encontra o mais perfeito paraíso fiscal do planeta, o bairro semi-autônomo da City of London; Lá também se encontram o maior número de criminosos de guerra e ladrões de dinheiro público de outras nações do planeta, e de quebra é o lugar onde você pode encomendar nos escritórios de fachada desde a morte do seu vizinho até contratar uma guerra completa com um exército mercenário para emprego imediato.
É esse arremedo de país que mantém um bando de palhaços de circo fantasiados de realeza decadente, onde abundam chifres e escândalos, que acha que vai conseguir imputar sanções e bater de frente contra a Rússia, que por sinal foi o país que salvou os seus rabos na segunda guerra mundial, e usar a Ucrânia como seu personal pitbull.
Em 2019, nos EUA, vazaram informações da "Operação Jedi", onde altos generais do Pentágono propunham a mudança das informações militares secretas dos EUA, dos servidores físicos para uma "nuvem". A suspeita deles é que está rolando invasão de hackers chineses e russos em tais servidores.
O que deixou os militares estadunidenses de cabelo em pé foi admitir - ainda nesses documentos vazados - que hoje o exército dos EUA está em posição de defasagem tecnológica perante ao russo. Pra isso eles precisam sufocar e desgastar economicamente a Rússia.
Por mais falhas que o regime russo possua hoje, é o equilíbrio geopolítico que a Rússia e o Putin aplicam no mundo, na atualidade, que fazem com que este mesmo mundo seja um lugar um pouco menos pior.
Foi a Rússia que segurou, sozinha e na unha, o bonde da história nesta década quando metade do continente europeu e o oriente médio pendiam ao nazifascismo após o Euromaidan, na Ucrânia. Foi a mesma Rússia que derrotou um dos maiores pesadelos do século XXI, o Estado Islâmico.
Eu acredito que não terá guerra e que a Ucrânia irá renunciar a estúpida ideia de ingresso na OTAN, mas quem apostar na via das armas será humilhado novamente.
2 - O batom se aproxima perigosamente da cueca de Sérgio Moro
As pessoas não faziam oposição à operação lava-jato porque defendiam corrupção. A lava-jato desde o início tinha alguns objetivos claros:
1 - Criar uma jurisprudência antinacional na economia brasileira de forma a constranger, ou tornar ilegal, o fomento econômico e de geração de empregos através da relação entre Estado e indústria nacional.
2 - Forçar a Petrobrás a mudar seu modo de precificação e exploração de petróleo, de acordo com os interesses de mercado e dos Estados Unidos
3 - Criar uma casta política neoliberal oriunda de uma espécie de classe média de alta remuneração (culturalmente iletrada) totalmente alinhada com os EUA e eleitoralmente viável no Brasil.
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A operação lava-jato faliu o estado do Rio de Janeiro, destruiu cerca de 300 mil empregos diretos no país, derreteu o sistema monetário nacional, acelerou nossa desindustrialização e colocou uma extrema-direita violenta, perigosa e bandida no poder. Após o início da operação lava-jato, a Petrobrás passou a operar um prejuízo diário de 1 bilhão de reais. O dinheiro supostamente recuperado por eles foi troco de pinga.
Certa vez eu vi aquele palhaço chamado Dallagnol comemorando a recuperação de 5 milhões aos cofres da Petrobrás. 5 milhões é uma gota de petróleo no oceano de perdas que a empresa teve - não apenas por fraudes contratuais - mas por prejuizos acumulados na bolsa após desgaste da sua imagem, depois para remunerar operadores do mercado financeiro após mudança na política de preços, por perder dinheiro de barris ao mudar o regime de partilha por concessão, após a queda da Dilma e por ter que comprar dos Estados Unidos coisas básicas que o Brasil já era autossuficiente, como óleo de refino, durante o governo Bolsonaro.
Todas essas medidas foram projeto da operação lava-jato, de Michel Temer e de Jair Bolsonaro.
Para que a situação chegasse a este ponto, ficou nítido para quem queria ver, que para colocassem alguns políticos e empresários na cadeia, os operadores do MPF e da vara de Sérgio Moro cometeram mais crimes do que os seus investigados, até que começaram a se esbaldar em dinheiro sujo.
Primeiro foi a família Moro, que usou sua esposa e seu compadre, Carlos Zucolloto como laranjas em esquemas negociação de sentenças (de acordo com Tacla Duran) e de lavagem e repatriação de dinheiro usado em processos decididos pelo próprio juiz.
Depois foram os agentes do MP, capitaneados por Deltan Dallagnol, que usando esse mesmo dinheiro visavam criar um fundo político bilionário após lavarem esse dinheiro com ajuda do Departamento de Estado dos EUA. Uma promiscuidade com dinheiro público com poucos precedentes e que se fossem cometidos em qualquer país do planeta (e até nos próprios Estados Unidos) todos os seus agentes responderiam por grave traição, seriam enquadrados na lei de segurança nacional e ganhariam de presente uma prisão perpétua.
O objetivo inicial da lava-jato foi ideológico, o objetivo final foi enriquecimento ilícito. Hoje o TCU pediu bloqueio nas contas de Moro por conta de sua relação, digamos, pouco republicana entre Moro e o casino travestido de empresa de lobby chamada Alvarez & Marsal.
O batom se aproxima perigosamente da cueca de Sérgio Moro, que começou o ano querendo ser presidente, mas pode terminar como presidiário.